Por José Mendes Pereira
É fantástico
estudar sobre a vida de Maria Gomes de Oliveira, a rainha do cangaço, a “Maria
Bonita” e seu companheiro Virgolino Ferreira da Silva, o rei do cangaço
“Lampião”, mas, desde que seja um estudo gratuitamente, sem pressão, sem
obrigação de maneira alguma, livremente, que possa usar tudo que se sabe e o
que aconteceu durante a vida do casal de cangaceiros, e depois da sua morte, e com respeito ao infeliz casal que o destino preparou para ele um
monte de tristezas durante a sua vida aqui na terra. Que os seus familiares desistam urgentemente de cobrarem valores pelo o uso das suas imagens ou dos nomes.
Deixa que os escritores, pesquisadores e cineastas do cangaço preparem a literatura do sofrido casal de facínoras, e que organizem a sua biografia. Deixa o casal viver em paz, pelo menos o seu nome, no meio de quem tem interesse de registrar o seu passado triste aqui no nosso planeta. O que o casal fez, não foi no intuito que um dia serviria de uma fonte de valores monetários para ninguém. Apenas teve a pouca sorte de receber do mundo, uma vida cheia de decepções, tristezas e tudo mais.
Que não
seja proibido e nem cobrado valores para o uso do nome de Maria Bonita e da sua foto
nos lugares que as pessoas tentam homenageá-la. Deixa Maria Bonita
desfilar nas praças, nos clubes, ou em todas as repartições que as pessoas desejam colocar nos seus comércios a sua imagem... Quantas pessoas amam a Maria, e que nem
fazem parte da sua família? Enquanto outros, o que mais querem, é usar o seu
nome e imagem como mercadorias que são vendidas.
Lembrem-se que
a vida é curta, e depois que todos os familiares partirem para outra esfera,
quem irá cobrar de quem usa o seu nome e a sua foto, hein? Será que alguém terá o interesse de continuar com este estudo, por ter sido cobrado quantia em usar as suas fotos e nome sem autorização de familiares?
Valores
monetários são valores que se desvalorizam com o passar do tempo, mas uma
biografia feita por quem entende, será eterna. Deixa Maria Bonita enfeitar o Brasil com as suas fotos, nos hotéis, nas pousadas, nos clubes, nas praças... Mesmo que ela foi uma desordeira na vida, mas tem tanta gente neste imenso chão brasileiro que gosta muito de Maria Bonita, e também do seu companheiro, Virgolino Ferreira da Silva, o velho guerreiro capitão Lampião.
Muitos pensam que aquela vida que o casal e seus comandados levavam na caatinga, morriam de felicidades. Ao contrário. Vontade de voltarem aos seus familiares era um desejo de cada um deles. Mas por último, seria difícil. Alguém os esperava para que eles pagassem pelos seus feitos, isto é, o que deviam à justiça. Portanto, viverem lá na caatinga seria mais fácil para eles, porque não ficariam totalmente expostos às autoridades policiais.
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