Autor: José Di Rosa Maria
1
Segundo Átila de Almeida,
Famoso pesquisador
Foi em mil e oitocentos
E quarenta, sim senhor,
Que surgiu a cantoria,
Ofício do cantador.
2
Tendo como criadores
Nicandro com Ugulino:
Dois irmãos, dois cantadores
Que no livro do destino
São autores da história
Do repente nordestino.
3
Filhos de Augustinho Nunes
Que por sua inspiração
Tornou-se famoso e visto
Da Praça até o sertão,
Como pai da poesia
Popular da região.
4
Seu berço imortalizado
É a Serra do Teixeira.
Foi lá que aconteceu
A cantoria primeira,
Sob o ritmo dos acordes
Da viola de madeira.
5
Como produção poética
Passou a ser conhecida
A Arte de fazer versos,
Unicamente, atribuída
Aos poetas que cantando,
Descrevem coisas da vida.
6
Inspirado no encanto
Do aboio do vaqueiro
Que a casco de cavalo
Povoava o tempo inteiro
Os sertões de terras virgens
Do Nordeste brasileiro.
7
Que ao som do grito mágico,
Na luta tangia o gado
E nas horas de descanso,
Completamente inspirado,
Improvisava seus versos
Sobre o que tinha passado.
8
Como os pais da cantoria
Na história também há,
Mais dois nomes renomados,
Bem conhecidos por lá:
De Romano do Teixeira
E Silvino Pirauá.
9
Esses mestres definiram
Os gêneros da cantoria:
Sextilhas, quadras e glosas,
Viram que precisaria:
Métrica, rima e oração,
Também necessitaria.
10
Viva a Serra do Teixeira,
Mãe da imortalidade
Da arte de fazer versos,
Com autêntica qualidade,
Também viva a Paraíba,
Berço de amor e saudade.
Poema enviado diretamente pelo o autor.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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