Por Antônio Corrêa Sobrinho
Vida minguante, a de
meu pai.
Ouço seu corpo
murmurando,
Dizendo que está
cansado,
Que não demora, que
já se esvai.
Meu nonagenário pai.
Vê-lo assim,
velhinho,
É como estar me
assistindo amanhã.
Porque sou ele e
minha mãe que já se foi,
Só que com outro
corpo, outro rosto,
Outros pensamentos,
outros destinos.
Sinto ver meu pai aos
poucos se indo.
São pesados os seus
dias, calados, sem alegria.
Esperar o seu derradeiro
sono,
O seu último chegar,
é o que lhe resta.
Deus tem o por quê.
https://www.facebook.com/antonio.correasobrinho
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário