
Introdução – Na época dessa reportagem da revista O Cruzeiro, o Coronel Chico Romão, de Serrita Pernambuco, foi acusado de ser o mentor intelectual de um crime ocorrido em Recife, de extrema repercussão, inclusive a nível nacional, conhecido como “Crime de Apipucos”. Chico Romão se encontrava foragido quando o jornalista da revista esteve nessa cidade.

SERRITA, IMPÉRIO AUTOCRÁTICO DO CORONEL CHICO ROMÃO
Revista O Cruzeiro – 1 de março de 1952. Texto: Neiva Moreira. Fotos: Utaro Kanai.
Um município onde só uma vontade predomina e atua – Quando o juiz tentou ficar neutro, teve de imigrar sem um copo d’água para beber ou um amigo para falar A pitoresca figura desse mandachuva da caatinga, que é, ao mesmo tempo, a sociedade e a lei – Braços do feudo chegam ao Ceará – Desaparecido, o coronel é uma presença invisível naquela cidadezinha traumatizada.

– SENHOR vai mesmo à Serrita? Perguntavam, inquietas as pessoas, desde que o nosso automóvel começou rodar para Salgueiro, deixando para trás o São Francisco.
De Feira de Santana até lá, passando por Serrinha, Euclides da Cunha, Tucano, Canudos, Jatinan[1], e em todo o percurso da rodovia central de Pernambuco, de Salgueiro, Serra Talhada, Arcoverde, Pesqueira, Caruaru ao Recife, Serrita é um nome mágico que empolga a imaginação e alimenta fantasias. Inúmeras vezes nos detivemos ao longo dos caminhos, sob aquele sol inclemente da caatinga nordestina, para ouvir histórias daquele espantoso reduto de um poder pessoal que não encontra paralelo em qualquer parte deste país.
Nos dias atuais, o nome de Serrita ligado ao de Chico Romão é uma espécie de “background” de um dos crimes que mais emocionaram o nordeste. Mas, antes mesmo que aquele “comando” do cangaço se abastasse do sertão para um ajuste de contas sangrento e odioso em pleno coração do Recife, não havia pernambucano, letrado, que não se tivesse debruçado sobre os mapas para indicar naquela localidade perdida nas distâncias, mundo fabuloso que nasceu, cresce, progride, se rejubila ou sofre sob o império de uma só vontade e ao sopro de uma única inspiração.

Em várias eleições, Serrita foi o desespero da oposição, e, sobre as urnas invioláveis de Chico Romão, repousou Agamenon[2], na certeza de que funcionara como um maquinismo de precisão, aquele eleitorado monotonamente uniforme e disciplinado. Mais do que isso: mesmo quando as divisões partidárias levaram ramos mais inquietos do clã a uma atitude destoante no campo político, era aquela numa esfera distante que não tocava a liderança indiscutível desse caudilho da caatinga, em cuja cintura nunca se viu um revólver e nem uma daquelas clássicas peixeiras que as ocasiões fazem brotar por encanto, nos ajustes de contas das estradas ermas.
CHICO FAZ O SEU MUNDO
Até parece que o mundo de Chico Romão começa ali em Salgueiro, naquela esquina movimentada do Nordeste, símbolo dessa civilização sobre rodas que está invadindo o interior.

O arrendatário do hotel nos diz que é ele uma propriedade de uma irmã de Chico e mesmo em frente, está à mercearia de Filinto Sampaio, seu irmão.
Durante muitos anos, o coronel fez política em Salgueiro, mas o que ele queria era o seu próprio feudo, onde uma vontade autocrática exercesse sem contraste, o seu domínio. Foi assim que nasceu Serrinha, um distrito municipal, enfiado num fundo de montanhas e que se isola do mundo no inverno inteiro pela precariedade do seu ramal rodoviário.
Quando se fez a revisão dos nomes dos municípios constou que o técnico em nomenclatura municipal, Mario Melo tinha um para lhe impor, como tantos outros que nos fizeram desaprender corografia, em 24 horas. Chico preveniu que a mudança deveria fica mesmo em duas (2) letras, pois nunca consentiria numa transformação, que fosse além de sua atual denominação de Serrita e assim se fez.

A localidade é pequena e parece sempre dormindo, como lembrou certa vez o deputado e sociólogo pernambucano Luiz Magalhães Melo. A trinta quilômetros de Salgueiro, poucos se animam em ir até lá. No conjunto, dá-nos uma ideia de asseio e até de cuidados administrativos. Os prédios públicos são confortáveis, há luz, a água e boa, o mercado amplo, uma igreja bem tratada e um grupo escolar que é uma contrafação de estilo moderno meio despropositado e sem ambiente.
O grupo velho é, hoje, o hotel que mestre José afilhado e leal amigo de Chico administra, “mais para agradar o padrinho e completar a féria da carceragem”, por ele até a pouco exercida, segundo nos confessa, enquanto nos conta a história do retrato do velho por cuja reposição ostensiva teve de sustentar discussões com os policiais.

PRESENÇA INVISÍVEL, MAS ATUANTE.
Parecia que encontrávamos no hotel o primeiro sintoma da posse. Já, antes, no entanto, nas luzes que brilhavam havia a marca da propriedade do Coronel e, dali, para diante, até o ar estava impregnado daquela presença invisível, mas atuante. No rádio do automóvel, ouvíramos a notícia de que a polícia cercara Serrita. Evadido Chico Romão, grande tem sido o empenho dos policiais em lhe deitar a mão. Toda a zona Sampaio, que compreende áreas entre Salgueiro, Serrita, Bodocó e Exú esta sob vigilância severa e intensas investigações e buscas se efetivaram logo em seguida ao mandado de prisão. De Exu, o Major Presciliano Pereira de Morais dirige a operação de busca, assistido, naquele comando, pelo Tenente Olímpio Correia dos Santos. Em Bodocó, está o Tenente Propecio, em Salgueiro, o Sargento Waldomiro e, em Serrita, o suave e jeitoso Tenente José Gonçalves Lopes, com um destacamento de trinta praças, veículos e uma estação de rádio portátil que o coloca em comunicação permanente com a Secretaria de Segurança no Recife.

Os parentes de Chico atribuem à nomeação do Major a amenização das medidas coercitivas que o Tenente Lopes teria tomado a sua chegada. Penetrando numa cidade em que só da Chico, não havia policial, por mais suave que fosse que não tomasse medidas de segurança, tanto mais que devia ele prender um homem que, para o comum dos sertanejos, é um ente inviolável e inatingível. Foi esse o argumento com que o Tenente Lopes explicou a sua conduta.
– O senhor avalia – diz-nos ele – o que é estar aqui para uma tarefa dessas. Não encontro uma só pessoa que preste depoimento num inquérito sobre o Coronel Romão. É um cerco inverso que a população exerce sobre nós.
A HISTÓRIA DO JUIZ QUE NÃO BEBIA E NEM CONVERSAVA
Na verdade, o tenente queria muito. Não sabia ele da história daquele juiz de direito, que, desentendido com o Coronel, teve de imigrar para Salgueiro, sem encontrar uma só pessoa que lhe abrigasse o juizado, lhe desse água para beber e o consolo de uma palavra para suavizar a solidão. Vinha da outra cidade para trabalho, com o frito nos alforjes e as garrafas d’água, voltando tão pronto ultimasse as audiências.

Encontramos Serrita num estado de espírito de profunda consternação. Chamo pessoas a esmo, nas ruas, e todas suspiram pela volta do velho numa revivescência agreste do queremismo. Ninguém fala sobre o crime e os poucos que se aventuram para opinar são para dizer que Chico é inocente, “mas se é que ele fez, tinha razão, pois tudo que faz, está bem feito”. Quase nem ousamos pedir informes a seu respeito, para não incorrer na violação do código de segurança que protege o desaparecimento do chefe.
Esmerino Sampaio nos informou que muitas famílias se mudaram e outras estão no interior. A feira, que assistimos, foi fraca, mas não de todo inoperante. E a impressão que a polícia nos dava era a de que cansara de esperar pelo regresso de Chico. O Tenente Lopes engordou onze quilos e queixa-se muito dos queijos de Serrita e de um leite que tem fama de pureza e de proteínas. Na rua, os soldados começam a quebrar a ordem de não confraternizar, mesmo porque quem resiste um mês sem um bate-papo tão ao agrado de policiais destacados? Um deles está popular. Esbelto, bem apresentado, consciente de sua tarefa, não entra na intimidade de Serrita. Por isso mesmo, ganhou um apelido de “Simpatia”, que muitas pessoas nos pediram entendesse pelo método vice-versa.

DANÇA QUADRILHA, NÃO USA LINHO, FALA POUCO E QUASE NÃO RI
Francisco Filgueira Sampaio, que incorporou ao apelido de Chico Romão o nome do pai, é o centro desse mundo à parte, o qual a maioria das pessoas não teve notícia da bomba atômica e, para tantas outras não há informações exatas sobre o fim da Segunda Guerra.
As estatísticas mais rigorosas que o mano José Romão nos fornece, dá vinte irmãos vivos, além de quatro mortos, e cerca de seiscentos sobrinhos, sem falar num aguerrido regimento de primos e parentes afins ou colaterais.
Aos 64 anos, casado com Dona Maroca (Maria Maia Arrais Sampaio), é, ele próprio cearense de Barbalha, enquanto a esposa nos conta, com orgulho, que veio criança do Piauí fazendo lastro numa carga de jumentos. O único filho homem que tem, Francisco Sampaio Filho é comerciante, tendo desistido, cedo, dos estudos, desinteressado igualmente da carreira política. O casal tem sete filhas, sendo duas casadas e quase todas professoras, educadas em Triunfo para não se distanciar muito da terra. Os casamentos, quase sempre ocorrem entre primos e, no estado atual, teríamos que recorrer a operações holeríticas para precisar graus de parentescos. Um primo nos disse: “Nós, aqui, casamos por edital. O velho é quem ajeita tudo e indica a noiva”.

Baixo, alvo, meio ruivo com traços holandeses no aspecto, Chico Romão tem hábitos rijamente sertanejos. Deita cedo e as quatro horas está de pé para o café que compreende, pão de milho com leite. Dirige suas cinco fábricas de caroá, três engenhos e cerca de oito fazendas e está sempre à frente dos negócios próprios e dos do município, do qual é prefeito. É um homem que fala pouco e tem fama de não repetir uma declaração duas vezes. Quase não ri, mas no dia de festa, dança de sobrolho fechado, uma quadrilha da qual participam as suas filhas.
Suas viagens são, de raro em raro ao Recife e ai se hospeda em pensões baratíssimas, porque considera o Grande Hotel incompatível com a maneira de viver dos homens do interior. Nos círculos de suas relações, não há noticia de que tenha visto com roupa de linho ou de casimira. É sempre aquele brim de carregação, tipicamente interior.

Nosso confrade Gomes Maranhão que faz, agora, manchetes na Secretaria de Agricultura, com tratores e algodão, rememora as vezes que Chico esteve em sua repartição para pleitear coisas para Serrita. Homem precavido, sua infiltração maior foi na política, onde empregava afilhados, amigos e até parentes. Um detalhe curioso é que não é ele filho legítimo do casal, mas se impôs desde cedo, como a figura dominante da família e todos fazem questão de olvidar a circunstância. Em Serrita é magistrado, executivo, legislativo e juiz de paz.
Pilheria-se que o padre da freguesia dava a absolvição, “em nome do Coronel Chico” e sua senhora se queixa de que boa parte das noites foi roubada das amenidades do lar para que fosse ele pacificar esposos desavindos em distritos distantes.

Certa vez no Recife, um amigo, que desertara da polícia, pediu a colaboração de Chico na tarefa de fazer um casamento que o responsável sonegara de realizar. O Coronel mandou chamar “aquele pilantrinha” e nem precisou muitos esforços: Moço você não quer casar amanhã? O rapaz rapidamente convertido ás leis morais do matrimônio, não teve outra resposta: “Quero, sim, senhor…” E Chico testemunhava vinte quatro horas depois mais uma união que se iniciara, ilegalmente, nos desvios dos comandos ilícitos.
OS BRAÇOS DO FEUDO ABRAÇAM O CARIRI
Seu domínio espiritual vai até o lado cearense do cariri, onde o Deputado Federal Leal Sampaio é figura dominante. No Recife, Cid e Leal Sampaio são seus parentes, e o Brigadeiro Macedo[3] como o Coronel Sampson, são primos próximos. Nertan Macedo[4], seu sobrinho, inquieto e fértil repórter associado que o asfalto do Recife não conseguia “civilizar” de todo, nos conta que a atração da terra sobre a família é tão grande, que o Brigadeiro, reformado da FAB, cria bois em Quixeramobim e nunca perdeu as comunicações com Serrita. Essa história de partido, para Chico, é secundária, o que vale e reter o domínio e ser leal aos amigos.

Em Bodocó, seu irmão José chefia o PTB[5] e quando nós pedimos que nos apresentem aos udenistas[6] de Serrita, quem nos aparece, Chico até debaixo d’água, são primos do Coronel, que, de logo, confessam que a “eterna vigilância” cedera, agora, lugar a defesa do clã ameaçado.
Ninguém resiste à atração natural de amparar parentes, mas na escala de Serrita, não deve haver algo parecido no Brasil. A única autoridade não Romão foi o Promotor Manoel Ozório, e agora, os policiais retirados, aqueles que o crime de Apipucos que encontrou nos seus postos. Vejamos essa lista realmente sensacional: Prefeito Chico Romão, licenciado por um ano; Presidente da Câmara e prefeito em exercício, José Xavier Sampaio, genro; Coletor Estadual, Antônio de Oliveira Sampaio, sobrinho; Escrivão, Walter Cruz Sampaio, sobrinho; Diretora do grupo, Maria Lima Sampaio Xavier, sendo outra, professora; Agente de Correio, Laura Filgueira Sampaio, irmã; Agente de Estatística, Vadeci da Franca Sampaio, sobrinho; Tabelião, Otávio Angelim, casado com uma sobrinha; Chefes da UDN[7], os primos e sobrinhos: Romão da Cruz Sampaio, Caraciole Filgueira Sampaio, Antonio Sá Sampaio.

Um ardoroso jovem de Missão Velha, e sobrinho Wilson Sampaio, que Edith Lucena recorda como um dos que atirou em seu irmão Edmilson, nos diz, com convicção: “Para mudar isso aqui, o governador deve começar, primeiro, trazendo gente de fora. Aqui mesmo só dá Sampaio”. O trabalhista José Romão, que perdeu um irmão trocando tiros com adversários na praça pública de Bodocó, acrescenta visivelmente orgulhoso: “Não somos um Estado, como dizem ai pelo Recife, mas na verdade, constituímos um poder para todas as épocas”. Onde houver um Sampaio, Chico conta com um leal amigo, pronto a tudo”. Vários outros bateram no peito de que atirarão até na lua, se Chico mandar, e mensagens semelhantes estão chegando de outros municípios até onde vão às influências da família.
SERRITA OLHA PARA AS GALERIAS DA ASSEMBLÉIA
Serrita é isto. Vida, agonia e paixão de Chico. O bloco Sampaio acredita-se com um eleitorado de 10 mil votos e ramificações extensas em outros “colégios”. Todos se mostram muito ressentidos com o governador. Um primo de Esmerino nos indica os filhinhos gêmeos desse deputado e herdeiro presuntivo de Chico e nos conta: “O Otávio Correia queria que o Esmerino desse os nomes de Agamenon e Etelvino. Veja que contrariedade não estaríamos nós, agora, pelo menos na metade”.

É possível que o governador chame de novo Serrita ao aprisco. Mas isso terá que ser feito via Chico Romão. De outro modo, deve haver uma recolonização intensa. Mas poderá fazê-lo? Esmerino Sampaio mostra-se muito atento às galerias da Assembleia. “A opinião do Recife está mudando, informa ele: Já recebemos palmas, quando defendemos Chico”.
Na verdade, a esta altura, dificilmente se separará Serrita do crime de Apipucos. Mais ainda: apesar de aparente suavidade do domínio, é um sistema feudal que encontra a repugnância nas camadas populares do Recife. Por outro lado, a extensão e a profundidade daquele império familiar trazem para a ordem do dia o problema que procuraremos abordar na reportagem seguinte: poderá o Coronel Roberto de Pessoa levar a bom termo a sua tarefa? A conjugação do esforço policial, dos aviões e das estradas, derrotará os coronéis ou lhes imporá novos métodos de liderança municipal?

Vamos ver isso. Para começo de conversa, o simples fato de que o poderoso caudilho de Serrita foi envolvido em investigações sobre um crime fez deflagrar uma crise política, que contornada agora, será um rastilho quando as definições forem mais oportunas e cômodas. O Deputado João Roma insiste: há uma injustiça em tudo isso porque Chico é inocente.
O Governador Agamenon Magalhães reúne três condições para fazer um juízo exato da situação – é um homem de Estado, um sociólogo e um jornalista. Ele sabe que o crime de Apipucos pode ser o começo de uma reforma política e de métodos, jogando por terra uma estrutura solidamente instaurada em Pernambuco. Para os coronéis, muitos dos quais desfilarão impressões na reportagem futura, é este um tema fascinante, que a sua comunidade encara com uma rara consciência de classe e uma aguda atenção aos movimentos da ofensiva deflagrada por aquele “servicinho mal feito” de Apipucos, como o consideram alguns caudilhos do agreste e do sertão.
NOTAS – ———————————————————————-
[1] Atual município pernambucano de Belém de São Francisco.
[2] Agamenon Sérgio de Godoy Magalhães (Serra Talhada, 5 de novembro de 1893 — Recife, 24 de agosto de 1952) foi um promotor de direito, geógrafo, professor (de Geografia) e político brasileiro; deputado estadual (1918), federal (1924, 1928, 1932, 1945), governador de estado (1937, 1950) e ministro (Trabalho e Justiça).
[3] José Sampaio de Macedo (Crato, 17 de outubro de 1907 — Fortaleza, 14 de fevereiro de 1992) também conhecido como Zé do Crato ou Sertanejo da FAB foi um major-brigadeiro do ar da Força Aérea Brasileira, piloto militar, empresário, desbravador e pioneiro da aviação brasileira.
[4] Nertan Macêdo de Alcântara (Crato, 20 de maio de 1929 — Rio de Janeiro, 30 de agosto de 1989), foi um escritor com obras dedicadas aos aspectos culturais e históricos do Nordeste brasileiro.
[5] PTB – Partido Trabalhista Brasileiro.
[6] Como eram conhecidos os membros do partido UDN.
[7] A UDN – União Democrática Nacional foi um partido político brasileiro, fundado em 1945, de orientação conservadora e frontalmente opositor às políticas e à figura de Getúlio Vargas. Era um partido conhecido por sua defesa da democracia, do liberalismo clássico, da moralidade e pela forte oposição ao populismo. Além disso, algumas de suas bandeiras eram a abertura econômica para o capital estrangeiro, a valorização da educação pública e a austeridade econômica. Detinha forte apoio das classes médias urbanas e de alguns setores da elite, pela posição favorável às influências do imperialismo americano no Brasil. Concorreu às eleições presidenciais de 1945, 1950 e 1955, postulando o brigadeiro Eduardo Gomes nas duas primeiras e o general Juarez Távora na última, perdendo nas três ocasiões. Em 1960, apoiou Jânio Quadros (que não era filiado à UDN), obtendo assim uma vitória histórica. Seu principal rival nas urnas era o Partido Social Democrático (PSD). Como todos os demais partidos, a UDN foi extinta pela ditadura militar em 27 de outubro de 1965.
https://tokdehistoria.com.br/2025/07/05/1952-ecos-do-nordeste-arcaico-o-poder-do-coronel-chico-romao/
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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