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domingo, 11 de janeiro de 2015

A FERRUGEM NAS LATAS E AS TRAÇAS COMERAM UMA BOA PARTE DOS FILMES DE LAMPIÃO

Por José Mendes Pereira
Nos cinemas os filmes eram guardados assim em prateleira dentro das suas latas

A ferrugem nas latas e as traças comeram uma boa parte dos filmes de Lampião que Benjamin Abraão Botto fez na caatinga do nordeste brasileiro

É lamentável que um documentário tão importante feito pelo cineasta Benjamin Abrahão Botto tenha ido nas enchentes da ditadura. Proibido de ser exibido nos cinemas brasileiros, o filme que o cineasta fez sobre o cangaço, e principalmente sobre a "Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia, foi guardado em suas latas protetoras, e com o tempo, tanto a ferrugem como as traças, findaram com um dos mais importantes documentos sobre o cangaço no nordeste brasileiro.

Afirmam alguns pesquisadores que Benjamim Abraão Botto usou em média mil metros de fitas cinematográficos, e infelizmente restou muito pouco. Outros são mais vantajosos, afirmam que eram em torno de dois mil metros.

As inúmeras fotografias que Lampião e seu bando deixaram no nordeste, serviram muito para os repórteres, escritores, pesquisadores, estudantes e colecionadores do cangaço, que sem pressa, irão montando as peças do dominó da mais bela história do povo nordestino. 

webinsider.com.br

Estes acontecimentos foram bons? Não! Foram péssimos, mas já que aconteceram, não devemos deixá-los adormecidos em páginas engavetadas para serem destruídas pelos ácaros e pelas traças. Que todos juntos continuem ainda procurando algumas peças do cangaço, que talvez não estejam tão longe de quem é obcecado pelo assunto.

José Mendes Pereira
Mossoró-Rn.

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Um comentário:

  1. Anônimo11:50:00

    Caro Mendes: Comungo plenamente com você, quando fala no lamentável estrago que o tempo (e, talvez o descuido), encarregou-se em inutilizar parte de uma obra que deu tanto trabalho ao "esperto" Benjamin abraão. Trabalho esse de tamanha importância para a História do cangaço e do Nordeste. Já pensou, se esses MIL E TANTOS metros de fitas recebessem o aproveitamento que aconteceu com o pouco que conseguiram, como nossos pesquisadores e escritores teriam em mãos muito mais informações?!
    Abraços,
    Antonio Oliveira - Serrinha-Bahia.

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