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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

O CAVALÃO DE BRONZE

Por Clerisvaldo B. Chagas, 25 de janeiro de 2016 - Crônica Nº 1.502

A chuva cai a gosto do sertanejo no centro de Maceió. Surpreendido por ali, inútil correr para a Praça Deodoro, pois, abrigo no logradouro está difícil até para as aves do céu, como diria Jesus. A famigerada praça foi sempre ponto de encontro dos namorados; dos estudantes; dos que procuravam resolver negócios no comércio. Rodeada por prédios importantes como o Teatro e a Academia de Letras, a praça fornecia o fôlego necessário para quem precisasse, ao refrigério das suas árvores e bancos encurvados. Foi ali defronte que a sorveteria Gut-Gut criou fama e marca. O melhor sorvete de coco do Brasil, o delicioso picolé de milho verde e os segredos dos fabricos guardados a sete chaves. Foi na esquina, do outro lado da rua, que a torrefação Café Afa assanhava as narinas dos passantes.

PRAÇA DEODORO, EM MACEIÓ. Foto: (Clerisvaldo).

Não tendo mais sorvete e nem café, pelo menos continua com seus imponentes prédios históricos no entorno. Reformada prefeito a prefeito, não mais possui uma feição fiel e definida. Suas longas árvores foram motivos de podas e outros procedimentos que transformaram suas faces, alienaram suas galhas, espantaram suas folhas. O piso melhorou permitindo um caminhar suave. O espaço feio e “ocioso” de um dos lados ganhou calçadão e bancos passando claramente da água suja para o vinho. Maravilha! Obteve a praça esse complemento poderoso e aliado que tanto facilita a vida dos seus transeuntes.

Entre o espaço mais claro oferecido, permanece uma beleza por outro prisma. O ponto de referência da capital Maceió continua o mesmo, assim como era a antiga Secretaria de Educação, o Bar do Chopp ou mesmo a Igreja do Livramento, em cuja calçada foi assassinado nos anos 20, o coronel José Rodrigues, de Piranhas. No alto do pedestal, o cavalão  do primeiro presidente da República do Brasil, marechal Deodoro da Fonseca, ainda carrega o dono sem se cansar. Estamos familiarizados com a Praça Deodoro, porém, o turista vibra bastante ao fotografar o marechal e seu cavalão de bronze.

Alegria! Alegria!


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