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domingo, 24 de setembro de 2017

MEMÓRIAS DO TEN. JOÃO GOMES DE LIRA.

Por Charles Wagner V. Lira (matéria compartilhada)

Em 1951, o Sr. Coronel Pedro Holanda Cavalcante, Comandante do 3º Batalhão, recebeu do Comandante Geral da Polícia Militar do Estado, Sr. Coronel Roberto Pessoa, ordens para que à noite daquele dia Coronel Pedro de Holanda, mandasse realizar em seu carro, um serviço de patrulhamento na cidade do Recife por existir boatos de que os Comunistas iriam pinchar as ruas à noite.

João Gomes de Lira foi escalado juntamente com o soldado José Bezerra da Silva, filho natural de Triunfo.

O serviço foi realizado com roupa civil e o carro com chapa particular. A ordem dada pelo Coronel Holanda era que caso encontrasse alguém pinchando as ruas, derramasse o piche nos seus rostos. O itinerário, seguir era: Torre, Madalena, Estrada dos Remédios, Largo da Paz, Estância, Areias e Tejipió. Determinou que o serviço fosse iniciado às 21:00 h e fosse até às 04:00 h. No patrulhamento não houve anormalidade, e o Coronel Holanda, ficou muito satisfeito quando o seu motorista relatou todo desenrolar do serviço executado, por João Gomes de Lira e o soldado José Bezerra da Silva, onde na manhã seguinte foi ao gabinete avisou que um dia iria se encontrar.

Neste ano de 1951 iria haver eleições municipais em todo Estado. E por ter o Dr. Pedro Malta, juiz de Direito da Comarca de Inajá, inimigos na Mata Grande(AL), que juravam de morte, por precaução o mesmo afastou-se da Comarca tirando férias e licença Prêmio. Concluída a licença, apresentou-se no Tribunal onde recebeu ordens para seguir à sua Comarca. Lá deveria fazer os registros dos candidatos a prefeito e vereadores, pois o prazo estava esgotando-se. Dr. Malta, narrou sua história o Presidente do Tribunal mandou falar com o Governador do Estado, Dr. Agamenon Magalhães. Este após ouvir o juiz encaminhou-o para Arcoverde e, que lá ao chegando chamasse o escrivão do Cartório de Inajá, Luiz Soriano Lopes Ferraz, para que ele ali fizesse os registros dos candidatos. O juiz descordou do governador por Arcoverde ser muito distante de Inajá, só que ele precisava de garantia policial, como seja: 1 Cabo e dois soldados. O Governo concordou e pediu que o mesmo sugerisse o nome do Cabo. Ao sair do Palácio deparou -se na Rua do Imperador com os Políticos de Inajá, João Inocêncio, Coronel Leobaldo de Coronel Manoel Neto, este candidato Prefeito de Inajá, foi logo falando que o Governador havia pedido o nome de 1 Cabo e dois soldados para seguirem com ele para o sertão.

Os políticos indicaram o nome de João Gomes de Lira e dali mesmo o o Dr. Pedro Malta voltou para o Palácio para informar ao Governo que já tinha um nome do Cabo, imediatamente o Governo entrou em contato com o Comandante Geral da Polícia Militar, Roberto Pessoa, deixar o Cabo João Gomes de Lira a disposição do Sr. Dr. Juiz de Direito, juntamente do duas praças. Tudo resolvido o Dr. Malta seguiu para o sertão com o Cabo João Gomes de Lira e os soldados Manoel Heráclito da Silva (florestano) e Francisco Wilson Dourado, filho do município de Pedra. Viajaram de trem até Arcoverde, pernoitaram em Merim (hoje ibimirim). Na manhã seguinte falou para o Dr. Malta o melhor seguisse logo para Inajá. O mesmo não concordou por temer complicações. O cabo João Gomes de Lira continuou insistindo e o Dr. Pedro Malta terminou cedendo. Chegando em Inajá, fez os registros dos candidatos, ficando para eleição e apuração. Tudo resolvido voltaram para o Recife, onde o Dr. Pedro Malta mandou um ofício para o Coronel Holanda fazendo altos elogios aos policiais que o acompanharam em uma missão tão espinhosa. O ofício foi publicado em Boletim.

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