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domingo, 2 de dezembro de 2018

AGRADECIMENTO!


Por Wasterland Ferreira

Há cerca de uma semana tive a imensa satisfação de receber do meu queridíssimo amigo Aderbal Nogueira este documentário precioso: Angico, 80 anos depois.

O referido documentário foi inteiramente produzido por Aderbal, que é um dos maiores documentaristas do Brasil (certamente o mais importante documentarista do Nordeste), e dono da Laser Vídeo Produções, com sede em Fortaleza, Ceará.


Há uma semana Aderbal Nogueira deu-nos (a todos nós pesquisadores e estudiosos do Cangaço, e à todo cioso pela temática, enfim), a oportunidade de conferir a riqueza dos depoimentos colhidos por ele de alguns personagens históricos presentes no episódio funesto de Angico, onde morreram Lampião, Maria Bonita e mais 9 cangaceiros, além da morte do Soldado PMAL Adrião Pedro de Souza. Aderbal contou também com a colaboração de pesquisadores do quilate de um Jairo Luís de Oliveira, de Piranhas, Alagoas.


Desde quando o renomado historiador e escritor Frederico Pernambucano de Mello, tido como a maior ou uma das maiores autoridades no estudo histórico e científico do Cangaço no Brasil apresentou-se no programa Conversa com Bial (jornalista Pedro Bial), na Rede Globo de Televisão e divulgou seu novo livro intitulado "Apagando o Lampião. Vida e Morte do Rei do Cangaço", a ser lançado na próxima semana pela Global Editora, e mais, a revelação bombástica da identidade do suposto "matador do cangaceiro Lampião", e que seria o soldado Sebastião Vieira Sandes (integrante da tropa policial volante sob o comando do Aspirante PMAL Francisco Ferreira de Mello), e sobrinho-Neto da baronesa de Água Branca, Joana Vieira de Siqueira Sandes, reacendeu-se a antiga polêmica sobre a verdadeira identidade do militar que teria ganho os louros da glória de haver abatido o Rei dos cangaceiros e sobre como todos aqueles fatos inerentes a cuidadosa operação policial militar e que resultaram no extermínio a bala de parte da famosíssima quadrilha de bandidos realmente aconteceram.


Há quase 35 anos que li pela primeira vez sobre Lampião e o Cangaço, porém no início do próximo ano completarei exatos 30 anos de leituras, estudos e pesquisas sobre o assunto, e esse vídeo-documental de Aderbal Nogueira "abriu-me mais a mente" quanto ao que refere-se a morte do grande cangaceiro, e veio-me oportunamente poucos dias após visitar a Grota do Angico, em Poço Redondo, Sergipe, local que serviu de coito a Lampião e cenário da sua violenta morte.


Entretanto, ainda não me convenceu o fato exposto no documentário aludido pelo então soldado José Panta de Godoy (também integrante da Força Policial Volante sob o comando do Aspirante Francisco Ferreira), que foi o próprio Panta que ao atirar com um fuzil na cabeça de Lampião teria-o matado.


Contudo, parabenizo o grande amigo e Mestre Aderbal Nogueira pelo excelente trabalho desenvolvido e pelo ótimo documentário, quê é deveras esclarecedor. Muito obrigado, querido amigo!

Todavia, peço-lhe desculpas pela demora em posicionar-me aqui e isto volta-se aos afazeres e por toda uma gama de demandas pessoais e profissionais que tem-me afastado um pouco das Redes Sociais.

Aguardemos o novo livro de Frederico Pernambucano de Mello, meu Mestre maior e que já conheço-o há quase 25 anos.

Um grande, forte e fraterno abraço a todos.


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