Por Wasterland Ferreira
Há cerca de uma semana tive a
imensa satisfação de receber do meu queridíssimo amigo Aderbal
Nogueira este documentário precioso: Angico, 80 anos depois.
O referido documentário foi inteiramente produzido por Aderbal, que é um dos maiores documentaristas do Brasil (certamente o mais importante documentarista do Nordeste), e dono da Laser Vídeo Produções, com sede em Fortaleza, Ceará.
Há uma semana Aderbal
Nogueira deu-nos (a todos nós pesquisadores e estudiosos do Cangaço, e
à todo cioso pela temática, enfim), a oportunidade de conferir a riqueza dos
depoimentos colhidos por ele de alguns personagens históricos presentes no
episódio funesto de Angico, onde morreram Lampião, Maria Bonita e mais 9
cangaceiros, além da morte do Soldado PMAL Adrião Pedro de Souza. Aderbal
contou também com a colaboração de pesquisadores do quilate de um Jairo Luís de
Oliveira, de Piranhas, Alagoas.
Desde quando o renomado historiador e escritor Frederico Pernambucano de Mello,
tido como a maior ou uma das maiores autoridades no estudo histórico e
científico do Cangaço no Brasil apresentou-se no programa Conversa com Bial
(jornalista Pedro Bial), na Rede Globo de Televisão e divulgou seu novo livro
intitulado "Apagando o Lampião. Vida e Morte do Rei do Cangaço", a
ser lançado na próxima semana pela Global Editora, e mais, a revelação
bombástica da identidade do suposto "matador do cangaceiro Lampião",
e que seria o soldado Sebastião Vieira Sandes (integrante da tropa policial
volante sob o comando do Aspirante PMAL Francisco Ferreira de Mello), e
sobrinho-Neto da baronesa de Água Branca, Joana Vieira de Siqueira Sandes,
reacendeu-se a antiga polêmica sobre a verdadeira identidade do militar que
teria ganho os louros da glória de haver abatido o Rei dos cangaceiros e sobre
como todos aqueles fatos inerentes a cuidadosa operação policial militar e que
resultaram no extermínio a bala de parte da famosíssima quadrilha de bandidos
realmente aconteceram.
Há quase 35 anos que li pela primeira vez sobre Lampião e o Cangaço, porém no
início do próximo ano completarei exatos 30 anos de leituras, estudos e
pesquisas sobre o assunto, e esse vídeo-documental de Aderbal Nogueira
"abriu-me mais a mente" quanto ao que refere-se a morte do grande
cangaceiro, e veio-me oportunamente poucos dias após visitar a Grota do Angico,
em Poço Redondo, Sergipe, local que serviu de coito a Lampião e cenário da sua
violenta morte.
Entretanto, ainda não me convenceu o fato exposto no documentário aludido pelo então soldado José Panta de Godoy (também integrante da Força Policial Volante sob o comando do Aspirante Francisco Ferreira), que foi o próprio Panta que ao atirar com um fuzil na cabeça de Lampião teria-o matado.
Contudo, parabenizo o grande amigo e Mestre Aderbal Nogueira pelo excelente
trabalho desenvolvido e pelo ótimo documentário, quê é deveras esclarecedor.
Muito obrigado, querido amigo!
Todavia, peço-lhe desculpas pela demora em posicionar-me aqui e isto volta-se aos afazeres e por toda uma gama de demandas pessoais e profissionais que tem-me afastado um pouco das Redes Sociais.
Aguardemos o novo livro de Frederico Pernambucano de Mello, meu Mestre maior e que já conheço-o há quase 25 anos.
Um grande, forte e fraterno abraço a todos.
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