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sábado, 25 de abril de 2020

CANGACEIRA DADÁ


Por Manoel Neto Santos

No dia 25 de abril de 1994, na cidade de Belém do São Francisco, Estado de Pernambuco, nascia uma menina batizada por seus pais, Sérgia Ribeiro da Silva, que entraria para a história como a célebre cangaceira Dadá, que ao lado do seu marido, Cristino Gomes da Silva Cleto, o Corisco, fizeram parte do movimento denominado cangaço, que se fez presente em sete estados nordestinos, praticando assaltos, assassinatos e outras tantas violências. Em 25 de maio de 1940, o famoso casal de bandoleiros foi cercado na Fazenda Pacheco, na cidade de Barra do Mendes, Bahia, quando disfarçados de romeiros tentavam fugir rumo a Bom Jesus da Lapa, uma vez que o cangaceirismo agonizava desde de 28 de julho de 1938, morreu o capitão Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, sua companheira Maria Bonita e mais bandoleirsssos que se encontravam na Grota do Angico, em Porto da Folha, Sergipe.

Corisco morreu. Dadá ficou gravemente ferida, no entanto sobreviveu.

Escolheu para sua moradia pós-cangaço a cidade de Salvador, capital da Bahia, onde viveu até o ano de 1994, quando faleceu.

Tornou-se dona de casa exemplar, sustentou-se como costureira, reuniu em torno de si filhas, netos, netas, bisnetos e bisnetas. Contribuiu com inúmeros testemunhos para assegurar a preservação e divulgação do fenômeno histórico que participou, como uma das mais importantes protagonistas, ao lado de tantas outras companheiras e companheiros.

Era mãe zelosa e avó e bisavó carinhosa, doce, alegre. Seguiu até o fim da vida, honesta e dignamente com o suor do seu trabalho, jamais renegando seu passado ou seus antigos companheiros. Faleceu vítima de câncer e diabetes.

Salve Dadá!
Abaixo Dadá e sua máquina de costura.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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