Por José Mendes Pereira
Colorizado pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio
Diz o
pesquisador e colecionador do cangaço Dr. Ivanildo Alves da Silveira que Chico
Pereira foi um dos homens mais destemidos do sertão paraibano, que fez justiça
com as suas próprias mãos. Quando foi julgado pela morte do assassino do seu pai o coronel João Pereira foi
absolvido em júri popular, lá no Estado da Paraíba. Mas por via do destino, infelizmente, ele foi injustamente acusado pelas autoridades de um crime que não cometeu no Estado do Rio Grande do Norte.
Apesar de sempre cair em falha contra as autoridades e geralmente era apadrinhado
pelo governador da Paraíba mesmo assim, após as acusações que lhe foram atribuídas conduziram o cangaceiro para o nosso
Estado, e aqui entregue à justiça para ser julgado, e na sequência, misteriosamente foi assassinado.
Clique no link para ver a família Pereira Dantas:
No período em que Francisco Pereira Dantas foi morto pelos policiais da época já havia completado vinte e oito anos de idade. Dona Maria
Egilda sua mãe não teve pelo menos o desprazer de enterrar o seu filho, tendo
recebido orientação do advogado da família o doutor João Fernandes Campos Café Filho, fazendo
grande alerta aos familiares do cangaceiro que não fossem pisar em terras do Estado do Rio
Grande do Norte, para ser apanhado como vingança por parte das autoridades que chacinaram o cangaceiro Chico Pereira.
Diz ainda o Doutor Ivanildo Alves da Silveira que a tragédia continuou
com o assassinato inesperado do irmão de Chico Pereira o Aproniano. E a morte
do outro irmão, Abdon, que estudava medicina no Rio de Janeiro e faleceu de
tuberculose.
Conversas entre os dentes diziam que os mandantes da morte do
coronel João Pereira, o pai de Chico Pereira eram pessoas importantes da
sociedade de Sousa. Um deles, um senhor que era destacado cidadão de nome
Otávio Mariz.
Dos quatro filhos que nasceram do amor do coronel João Pereira e dona Gilda o único que sobreviveu
e viveu muito foi o Abdias que veio a falecer no dia 28 de julho de 2004, com
cento e três anos de idade.
Como dizia o escritor Alcino Alves Costa:
“Minhas
inquietações”.
1 - Se analisarmos cuidadosamente é provável e óbvio que o Dr. Café
Filho não participou da tragédia do cangaceiro Chico Pereira, mas com certeza, muito antes
deste dia, ele já sabia da trama dos militares, e tinha razão de não ficar contrário às
autoridades policiais da época, porque, mesmo ele sendo advogado do réu poderia se complicar, vez que as autoridades queriam sigilo total, e não há dúvida.
2 - Se Café Filho achava que o seu cliente poderia ser
morto naquele dia como foi que tomou conhecimento, se ele não era detetive, psicólogo
ou outra coisa parecida?
3 - Se ele iria no seu automóvel atrás da escolta para
acompanhar o seu cliente, por que lhe causaria tanto medo assim?
4 - Qual o motivo da Dona
Maria Egilda a mãe de Chico Pereira ser alvo dos militares, se ela tivesse
ido apanhar o cadáver do seu filho, já que o verdadeiro marginal era ele, e não
ela?
Desculpa-me dr. João Fernandes Campos Café Filho, mas o senhor conhecia bem o malabarismo dos
policiais. No meu entender, o senhor estava sabendo de toda trama. Essa é que é
a verdade, e sendo advogado, saiu-se muito bem, obrigado!
José Mendes Pereira – Mossoró-RN.
Fontes de pesquisas: Ivanildo Alves da Silveira, Romero Cardoso e Wolney Liberato.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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