Por Kinko Peregrine
https://www.youtube.com/watch?v=6Mr8fXl4I5c&ab_channel=KinkoPelegrine
Durante duas décadas peregrinando, desbravava as caatingas,
percorrendo todo o nordeste, saqueando vilas e cidades, invadindo fazendas,
dançando xaxado, roubando dos ricos fazendeiros e coronéis e distribuindo com
os mais necessitados; cantando a “Mulher Rendeira”; matando quem não
obedecesse; sangrando friamente o delator, castrando o traidor... Para uns, um
heróis; para outros, um bandido; para todos, um cabra macho, que honrava cada
letra que dizia.
E o poeta popular, nas feiras, sentado num tamborete, na porta de uma bodega,
de uma mercearia ou debaixo de um pé de pau qualquer no meio de uma praça
ou numa esquina, empunhava sua viola, agitando as cordas, entoava, para
dezenas de matutos, os seguintes versos, que são atribuídos a autoria ao próprio
Lampião. Apesar de pouca leitura, era um verdadeiro vate cangaceiro. Sua
poesia se iguala À de qualquer outro poeta de nossa literatura, com métrica,
rimas e mensagem. Lampião era artista no rifle e na viola.
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