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quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

BODAS DE PINHO

Por Epitácio de Andrade

Tendo como símbolos a resistência e solidez da madeira de lei, chegamos hoje às Bodas de Pinho. Era 29 de fevereiro do bissexto 1992, quanto resolvemos unir nossos destinos num só. 

Nestes 32 anos de convivência agradeço muito sua companhia, paciência e dedicação à família, nossa razão renovadora da alegria de viver. Grande beijo Cristina Claudia e Parabéns para nós! 

Salve 29 de fevereiro, que se repita inúmeras vezes! Te amo.

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SOUSA INVADIDA PELOS CANGACEIROS...

 Por José Mendes Pereira

Em 27 de Julho de 1924 - o cangaceiro Lampião que ainda não era capitão, manda um subgrupo seu com 84 perigosos facínoras, e como comandantes dos cangaceiros seus irmão Antônio Ferreira, Levino Ferreira, além de Sabino Gomes, Paizinho, Meia-Noite e o fazendeiro Chico Pereira atacar e saquear a cidade de Sousa, no Estado da Paraíba. Os cangaceiros roubaram o comércio, residências, tendo a cidade um prejuízo incalculável. 

O principal alvo deste ataque, era o coronel Otávio Mariz, desafeto de Chico Pereira que fugiu imediatamente para não morrer. Dizem que o juiz da cidade Dr. Archimedes Soutto Mayor foi humilhado em praça pública pelo bando. O destacamento policial local era comandado pelo tenente Salgado que não teve força para reagir contra os endemoniados. 

Depois desse ataque o coronel Zé Pereira, de Princesa Isabel - PB, nunca mais deu proteção ao cangaceiro Lampião.

Veja este vídeo do canal cangaceirólogo.

https://www.youtube.com/watch?v=tl59EP_orOA

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FORÇA VOLANTE EMBUSCA DE CANGACEIROS.

Guilherme Velame Wenzinger

 Força volante se preparando para perseguir os bandidos. Foto tirada por Benjamin Abrahão.

Acervo: Dr. Antônio Amaury.

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"LEMBRANÇA".

Por Raimundo Lucas


Pulei o passadiço da memória
Nessa hora muita coisa me lembrei
Das furadas de espinho que levei
Para não murmurar eu dava glória
Mas ficava guardado na memória
Toda minha bravura de criança
Dizendo quem sonha sempre alcança
Por isso vou sorrindo e caminhando
Nesse solo de sonho palmilhando
E deixando o rastro da lembrança.
"O Galego do Jucuri"
O poeta sonhador.

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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

DEUS FE A ESCADA DA VIDA...

Por José G. Diniz



Deus fez a escada da vida

Com tabelas nos degraus

Vinte e oito por quatorze

Finalizou dando os graus

Para subir pobres e ricos

Os graúdos e os nanicos

Os bons e elimina os maus.


https://www.facebook.com/josegomesd

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SE ESSA CHUVA TROUXESSE VOCÊ...

 Por Hélio Xaxá


Ah, se essa chuva trouxesse você

Para ficarmos juntos a olhar

Esse céu abrir-se e chorar

De amor pela terra

Como por você choro eu...

Ah, se essa chuva trouxesse você

Para acabar o inverno no meu coração

E aquecer o sol dessa paixão

E nunca mais chover na serra

Dos tristes olhos meus...

Chove chuva

Escoa

Minha dor...

Chove chuva

Agoa

O meu amor.

Hélio Xaxá


https://www.facebook.com/helio.xaxa

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MAIS UM GRANDE ACHADO!!! - LAMPIÃO O REI DO CANGAÇO FILME COMPLETO.

Por Geraldo Júnior

Lembra daquele menino que aparece no final do filme "Lampião: O Rei do Cangaço", produzido pelo cineasta Carlos Coimbra e que foi exibido no ano de 1964 e que teve como protagonistas os atores Leonardo Vilar (Lampião) e Vanja Orico (Maria Bonita)? Na cena, o garoto Carlos Ricci (Foto) trava um diálogo com o saudoso ator Dionísio Azevedo, onde o veterano ator fala ao garoto que o chapéu que ele tem em mãos, nunca deveria ter sido usado por Virgolino Ferreira. Finalizando o filme com o garoto partindo levando o chapéu.

https://www.youtube.com/watch?v=HSkU2Rg6lrg

Se tudo ocorrer conforme o combinado, em breve estarei produzindo uma entrevista inédita com o Carlos Ricci, que acredito ser uma das últimas testemunhas oculares das gravações e dos bastidores desse clássico filme do cinema-cangaceiro nacional, que envolveu verdadeiras lendas da televisão e do cinema nacional.

Geraldo Antônio de Souza Júnior - Criador e administrador do canal Cangaçologia.

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QUEM SÃO?

 Do acervo do pesquisador do cangaço Guilherme Velame Wenzinger 

Ângelo Roque e um coiteiro. Quem é?
Fonte: O Mundo Estranho dos Cangaceiros, de Estácio de Lima.

Adendo:
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O pesquisador do cangaço Andelson Mota, diz em seu comentário, na página do Guilherme Velame Wenzinger, que o outro é seu Antonio Teixeira Leite - Antônio da Piçarra, na fazenda dele, e lá foi morto o irmão de Lampião Antônio por acidente Luiz Pedro foi quem o vitimou.

https://www.facebook.com/groups/179428208932798

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LANÇAMENTO DISPONÍVEL PARA VENDAS !!!

 Por Helton Araújo


Conheça a história do cangaceiro Antônio Matilde, tio de Lampião e um dos maiores responsáveis para Virgolino e seus irmãos mergulharem no mundo hóstil do cangaço.

Valor : R$50.00 com frente incluso para todo Brasil e autografado pelo autor.

Interessados chamar no direct ou falar comigo Helton Araújo pelo WhatsApp ( 81 ) 98510-6323

Garanta já o seu !!!

https://www.facebook.com/groups/179428208932798

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FORÇA VOLANTE DE MANOEL NETO EM FLORESTA.

Por Guilherme Velame Wenzinger

Força de Manoel Neto em Floresta(PE). Se não me engano existe essa foto em qualidade muito superior mas não tenho encontrado.

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DOIS CANGACEIROS DE LAMPIÃO.

 Do acevo do pesquisador do cangaço Guilherme Velame Wenzinger

Devoção e Chá Preto. Já entregues.

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METRALHADORA...

Do acervo do pesquisador do cangaço Guilherme Velame Wenzinger

 Metralhadora apreendida com jagunços de Zé Pereira. Princesa(PB), Julho de 1930.

Fonte: A revolução de 1930 e seus antecedentes. Editora Nova Fronteira.

https://www.facebook.com/photo/?fbid=7782752221813343&set=gm.2383140705228193&idorvanity=179428208932798

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𝑼𝑴𝑨 𝑺𝑬𝑮𝑼𝑵𝑫𝑨 𝑭𝑶𝑻𝑶𝑮𝑹𝑨𝑭𝑰𝑨

 Do acervo do Jaozin Joaaozinn

Registro pouco divulgado (primeira foto) de Lampião e demais cangaceiros de seu bando, dentre eles, Luiz Pedro e Neném do Ouro, sua companheira. Registro feito por Benjamin Abrahão Calil, em 1936.

Por algum tempo tenho essa foto guardada em meus arquivos, mas nunca dei total atenção a ela, digo sobre os detalhes que se encontram. Só agora que fui perceber que ela é o complemento de outra foto que roda pela internet (no caso, a segunda fotografia presente na publicação), tanto nesse modelo em melhor qualidade tanto na forma "original".

Aproveitei e coloquei outro registro bastante conhecido para que vocês comparem-as e percebam que são distintas.

𝐀 𝐈𝐃𝐄𝐍𝐓𝐈𝐅𝐈𝐂𝐀𝐂̧𝐀̃𝐎
{Da esquerda para a direita}

Lampião, Vila Nova, Diferente, Azulão da Guia, Jurity, Zé Sereno, Gorgulho, Pitombeira, Cacheado, Sabonete, Barra Nova, Luiz Pedro e Neném do Ouro (sua companheira).

Alguns cangaceiros presentes não andavam especificamente com o bando de Lampião, e sim em outros Subgrupos do bando de Virgulino. Dentre eles, está Diferente, Zé Sereno (chefe de Sub-grupo), Gorgulho...

E então, conheciam o registro? Compartilhe com outras pessoas para conhecerem!

𝑪𝑹𝑬́𝑫𝑰𝑻𝑶𝑺: 𝐵𝑒𝑛𝑗𝑎𝑚𝑖𝑛 𝐴𝑏𝑟𝑎𝒉𝑎̃𝑜 𝐶𝑎𝑙𝑖𝑙 𝐵𝑜𝑡𝑡𝑜 - 𝐴𝐵𝐴 𝐹𝐼𝐿𝑀𝑆/𝑃𝐸.

.𝑪𝑨𝑵𝑮𝑨𝑪̧𝑶 𝑩𝑹𝑨𝑺𝑰𝑳𝑬𝑰𝑹𝑶. 

https://www.facebook.com/photo/?fbid=314221045000028&set=g.179428208932798

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O BANDIDO QUE ASSOLA O NORDESTE.

Do acervo do pesquisador do cangaço Guilherme Velame Wenzinger.

Edição do jornal A Tarde (BA) sobre a chacina de Queimadas (BA), praticada pelo bando de Lampião em 22 de Dezembro de 1929. 7 praças foram covardemente assassinados.

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?multi_permalinks=2383041875238076%2C2382438471965083%2C2382561578619439%2C2382547488620848%2C2382426398632957%2C2382523798623217%2C2382179508657646&notif_id=1709027134008462&notif_t=group_highlights&ref=notif

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O MEU AMIGO DE ESTUDOS CANGACEIROS BALÃO ENFEITOU AS SUAS RESPOSTAS MAIS DO QUE DEVIA.

 Por: José Mendes Pereira

O cangaceiro Balão

Em 1973, o cangaceiro Balão cedeu entrevista à Revista Realidade, e para mim, não sei se estou certo, Balão foi o cangaceiro que mais fantasiou as suas respostas. É claro que cada um deles queria levar a sardinha para o seu prato, mas não era necessário tanta fantasia.

Vamos apreciar o que ele falou.

“-Estávamos acampados perto do Rio São Francisco. Lampião acordou às 5 horas da manhã e mandou um dos homens reunir o grupo para fazer o ofício de Nossa Senhora. Enquanto lia a missa em voz alta, todos nós ficamos ajoelhados ao lado das barracas, respondendo amém e batendo no peito na hora do Senhor Deus".

Lampião e seu bando rezando

 Continua: "-Terminado o ofício Lampião mandou Amoroso buscar água para o café. Mas quando ele se abaixou no córrego veio o primeiro tiro. Havia uma metralhadora atrás de duas pedras, a 20 metros da barraca de Lampião. 

Coiteiro de Lampião Pedro de Cândido

Pedro de Cândido, um dos nossos, havia nos traído, e acho que tinha dado ao sargento Zé Procópio até a posição das camas."

"-Numa rajada de metralhadora serrou a ponta da minha barraca..."

E continua o cangaceiro Balão: "- Meu companheiro Mergulhão, levantou-se de um salto, mas caiu partido ao meio por nova rajada. Eu permaneci deitado, e com jeito coloquei o bornal de balas no ombro direito, o sobressalente no esquerdo, calcei uma alpargata. A do pé esquerdo não quis entrar, e eu a prendi também no ombro. Quando levantei, vi um soldado batendo com o fuzil na cabeça de Mergulhão. De repente ele estava com o cano de sua arma encostada na minha perna e eu apontava meu mosquetão contra sua barriga. Atiramos. Caímos os dois e fomos formar uma cruz junto ao corpo de Mergulhão. Levantei-me devagar. O soldado estava morto e minha perna não fora quebrada.

"-Então vi Lampião caído de costas, com uma bala na testa..."
Continua  Balão: "- Moeda, Tempo Duro (este último não aparece na lista oficial dos abatidos, e nem tão pouco na lista de Alcino Alves Costa); Quinta-feira, todos estavam mortos. Contei os corpos dos amigos. Nove homens e duas mulheres. Maria Bonita, ferida, escondeu-se debaixo de algumas pedras. Mas foi encontrada e degolada viva. Não havia tempo para chorar. As balas batiam nas pedras soltando faíscas e lascas. Ouviam-se os gritos por toda parte. Um inferno. Luiz Pedro ainda gritou: -Vamos pegar o dinheiro e o ouro na barraca de Lampião. Não conseguiu. Caiu atingido por uma rajada".

Em minha opinião esta afirmação do cangaceiro Balão contraria o que disse Mané Veio, pois nas declarações que deu aos repórteres, o policial  levou um bom tempo para assassinar Luiz Pedro.
Continua: "- Uma vez me perdi do bando e fiquei um ano nas caatingas de Bebedouro, Jeremoabo, Cipó de Leite, sem ver uma alma viva. No começo eu estava com ANJO ROQUE e sua mulher".
Continua o depoente: "- Corri até ele, peguei seu mosquetão e com Zé Sereno conseguimos furar o cerco. Tive a impressão de que a metralhadora enguiçou no momento exato. Para mim foi Deus".
Minhas inquietações:

1 - Será mesmo que depois da missa ele voltou a se deitar?

2 - Como foi que ele viu que a bala que atingiu o rei foi mesmo no meio da testa, quando ele diz que Lampião estava de costas?

3 - Como foi que no meio de um cerrado tiroteio ele teve coragem de ir pegar o mosquetão de Luiz Pedro que já estava morto?

4 - Como foi que ainda deu tempo para ele contar os mortos, pois no meio de um tiroteio, qualquer ser humano não espera por nada, muito menos para contar quem lá morreu?

5 - Como foi que ainda deu tempo para ele calçar as alpargatas?

6 - Por que Balão caiu quando ele e o policial ambos atiraram, se ele não sofreu nenhum impacto para ser derrubado?

7 - Balão disse que após o massacre ao grupo de cangaceiros passou um ano nas caatingas sem ver um pé de pessoa, comendo carne de bode. Onde ele arranjava fósforos para fazer fogo e cozinhar a carne? 

O amigo Balão fantasiou algumas respostas. Muitas verdades, é claro, mas outras, fantasiadas. Gostaria muito que as suas respostas fossem verdades. Mas pelo que ele disse, não há como eu acreditar em todas.

Mesmo fantasiando as suas respostas, nos meus estudos cangaceiros, eu admiro este facínora, devido ter sido fiel ao maior bandido, que foi o capitão Lampião.

Informação aos estudiosos do cangaço:

Os meus trabalhos de forma alguma, prejudicam escritores, pesquisadores e nem tão pouco cineastas. São apenas as minhas inquietações sobre alguns depoentes que falaram o que não deviam.

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DOIS FAMOSOS FACÍNORAS

 Por Guilherme Velame Wenzinger


Balão e Labareda. Jornal "O Estado de São Paulo". Outubro de 1969.

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DOCUMENTOS NUNCA VISTOS.

Por Adelson Mota

Documentos nunca vistos em grupos de Cangaço, o prêmio pago pela Bahia pela cabeça de Lampião, ocorreu em Maceió os pagamentos Alagoas, Sergipe e Bahia.






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terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

BRIÓ E ANTÔNIO CANELA: QUANDO AS PALAVRAS E AS AMEAÇAS SÃO SENTENÇAS DE MORTE

*Rangel Alves da Costa

Muitos foram os acontecidos no solo sertanejo de Poço Redondo, no sertão sergipano, naqueles idos cangaceiros, principalmente a partir dos anos 30. Fato curioso é que a saga cangaceira na região não envolveu somente a ferrenha luta entre cangaceiros e volantes, mas também personagens que mesmo estando à margem das vinditas, ainda assim foram alcançados pela cruel sangria.

Mais curioso ainda é o fato de que dois destes importantes acontecidos, de consequências verdadeiramente trágicas, tiveram por motivação as palavras ditas e as ameaças impensadas. Ou mesmo de forma pensada, mas sem se imaginar no fatal desfecho depois de proferidas. Depois da análise do relatado abaixo, logo será fácil compreender que perante o cangaço - incluindo o mundo das volantes - a palavra e o gesto possuíam tamanha força, tamanha consequência, que exsurgiam até como sentença de morte para aquele que erroneamente se expressasse.

Assim aconteceu, por exemplo, com Brió e Antônio Canela. Este de trágico fim nas proximidades da Estrada de Curralinho (Estrada Histórica Antônio Conselheiro) e aquele ladeando a Estrada da Maranduba (região das Queimadas, nas beiradas do Riacho do Braz), bem próximo ao local onde, em 1937, Zé Joaquim (José Machado Feitosa), um rapaz de Poço Redondo foi torturado e morto pelo grupo de Juriti e Zé Sereno, sob a falsa acusação de ter dito a Zé Rufino que o bando de Lampião estava emboscado à sua espera na Lagoa da Cruz.

Como dito, Antônio Canela, um modesto vaqueiro vivente entre as beiradas alagoanas de Bonito e sergipanas de Curralinho, falou demais e, além disso, ameaçou demais, e acabou trucidado pelas próprias ações do passado. Segundo consta, nos idos de 1937, o vaqueiro se juntou com outros sertanejos e prometeu dar cabo a Lampião assim que este chegasse a Entremontes, nas barrancas das Alagoas. Pegou em armas, preparou a tocaia, mas nada de o bando aparecer. Contudo, a história ganhou o vento e foi parar aos ouvidos da cangaceirama.

Certamente que amedrontado com a irrealizada promessa e as juras de dar fim ao rei cangaceiro, Antônio Canela resolveu se bandear para o outro lado do rio, região sergipana do Curralinho. Oficiando como vaqueiro, um dia foi atrás de um jumento pelos arredores da fazenda Camarões e mais adiante avistou, na sede da propriedade, uma festança. Vai até lá e se junta à beberança. Não sabia, contudo, que logo a cangaceirama chegaria para cobrá-lo na dor e no sofrimento aquela emboscada feita pra Lampião.

E a cangaceirama que chega é a comandada por Mané Moreno. O líder do subgrupo já havia sido informado que o vaqueiro “metido a valente” poderia estar por ali. Tanto estava que logo o reconheceu. Identificou e logo deu início à cruel vingança. Sem dar o mínimo de atenção aos rogos dos sertanejos ali presentes, o cangaceiro logo sentencia o vaqueiro de morte. E de forma mais bestial ainda ante a confissão feita de que só não matou Lampião por que este não apareceu. Uma coragem que equivalia a pedir pra morrer.

A morte de Canela foi de indescritível perversidade. Picotado pelo canivete de Alecrim, tombado ante o açoite do mosquetão de Cravo Roxo, e depois disso amarrado a um animal e levado à morte certa. Foi Mané Moreno quem deu o tiro fatal. Mais um. E já morto é sangrado. E, segundo Alcino Alves Costa em seu Lampião Além da Versão (p. 196), o cangaceiro Cravo Roxo se acerca do corpo e bebe do sangue que borbulhava em seu pescoço.

Antes disso, nos idos de fevereiro de 1935, o sertanejo Brió (Benjamin, irmão do cangaceiro Demudado), um moço de Poço Redondo, igualmente falou demais e pagou no além da conta pela sua ousadia. Num meio onde a mera suspeita de ser alcoviteiro de volante já era correr perigo, que se imagine um cabra dizer - mesmo mentirosamente - que iria se juntar ao comando de Zé Rufino para perseguir aqueles que fossem amigos, coiteiros ou protetores de cangaceiros.

Num forró na fazenda de Julião do Nascimento, pai do mesmo Zé de Julião que mais tarde se tornaria no cangaceiro Cajazeira, Brió se desentendeu com a família dos Lameu e, raivoso, disse que todos pagariam bem pago assim que entrasse na força de Zé Rufino, o que já estava prestes a acontecer. Mentiu, contudo. E sua mentira teve uma trágica consequência. Sua verdadeira intenção era se juntar ao grupo de cangaceiros que estavam acoitados naquelas proximidades, nas Capoeiras. Iria servir ao subgrupo do perverso Mané Moreno, contando ainda com Zé Sereno e Juriti.

Sem saber que Brió se juntaria ao grupo, então Zé de Julião apareceu no coito para contar a novidade: Brió havia prometido ser cabra de Zé Rufino. Foi o fim de uma mentira. Não demorou muito, eis que Brió se apresenta àquele que seria o seu futuro grupo cangaceiro. Só não sabia o que lhe esperava. A sentença foi rápida: morte certa ao traidor. Tentou desfazer a todo custo o mal-entendido, mas não teve jeito. Os cangaceiros levam-no até o Riacho do Braz e o enforcam.

Indaga-se: por que enforcamento e não de outra forma? Apenas por que Brió, ante a certeza da morte, rogou para não ser nem enforcado nem afogado. Assim a vida cangaceira e daqueles que estavam ao seu redor, suas sagas e seus desatinos, seus tortuosos caminhos.

Escritor

blograngel-sertao.blosgpot.com

https://www.recantodasletras.com.br/cronicas/6804483

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VAI FAZER FESTAS PARA "DEBUTANTE, ANIVERSÁRIO, CASAMENTO, BATIZADO, CHÁ DE PANELA, CHÁ DE PAPEIRO...", PROCURA COM URGÊNCIA CONTRATAR O CANTOR ALAN JONES E SUA GALERA.

 Por José Mendes Pereira


Se vai promover festas para debutante, casamento, batizado..., procura com urgência, contratar o cantor Alan Jones e sua galera, para a realização que você deseja. 

Grupo que faz a sua festa do seu gosto. Um cantor … Alan Jones - Radiola Clube ... Um tecladista - Um saxofonista ... Num cenário ! O mar!! Música , mar , artistas…a vida , a inspiração que vem de Deus !!

 Como entrar em contato com o grupo para contratá-lo:

Basta chegar até ao Restaurante "O ATALAIA" em Mossoró, (que é propriedade do cantor Alan Jones e sua esposa Príscila),  localizado à Rua Raimundo Firmino de Oliveira, mesmo em frente à empresa TRANSBET, visinho à Boutique da Diva, rua do IFRN, antigo CEFET. - Bairro Costa e Silva - comunidade Teimosos, ou ainda através do seu facebook com o título "Alan Jones Príscila".

Príscila e Alan Jones.

Um grupo artístico que já é consagrado por sua vasta experiência com festas para debutante, casamento, batizado, além de outros eventos comemorativos.

Vamos prestigiar os nossos artistas mossoroenses! São os nossos conterrâneos que devemos contratá-los para estes fins. 

Cuida  logo para localizá-lo, porque, às vezes, a agenda do grupo poderá já está cheia.

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VAI FAZER FESTA E PRETENDE CONTRATAR POETAS E VIOLEIROS PARA ANIMAREM A SUA SOLENIDADE?

    Por José Mendes Pereira


Vai fazer festa em sua residência, na escola, na fazenda, no sítio..., e precisa de bons poetas e violeiros para animar o seu evento, procura com urgência o poeta José Ribamar o José Di Rosa Maria, que além dele, ele tem muitos amigos que são grandes poetas e violeiros. 

Aqui o seu endereço eletrônico:

ribamarpoeta@outlook.com

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SEU PITÉU E O CAFÉ KIMIMO.

 Por José Mendes Pereira

José Agripino, Graças Mota e João Batista da Mota (Pitéu) –  Em 1983http://www.azougue.org/conteudo/dobumba481.htm

José Batista da Mota ou simplesmente "seu Pitéu", como era alcunhado em Mossoró, morava no centro da cidade, à rua Cunha da Mota, em frente ao rio Mossoró. E era natural do Estado da Paraíba. No ramo de torrefação e moagem de café, seu Pitéu foi um dos maiores empresários de Mossoró, e com o seu reconhecido e afamado "Café Kimimo", dominou por mais de 30 anos as regiões adjacentes desta cidade, e  também uma boa parte do Rio Grande do Norte, A fábrica funcionava no centro de Mossoró, à Rua Dr Almeida Castro, s/n com a Rua Jerônimo Rosado.   

O Café Kimimo não foi uma criação de José Batista da Mota, e sim de uma tradicional família mossoroense, que fundou a torrefação em 12 de julho de 1960. Mas cinco anos depois de fundada a torrefação, o café Kimimo passou para as mãos deste empresário, que com raça e dedicação, fez com que a torrefação se consagrasse como a maior indústria de café do Rio Grande do Norte.

http://blogdoemilsontavares.blogspot.com.br/

No ano de 1996 a fábrica de café "Santa Clara", que antes era concorrente do café Kimimo no Rio Grande do Norte, reconhecendo a importância da marca para a comunidade, assumiu o controle da instituição, dando importante passo para alcançar a liderança neste setor do agronegócio. Desde sua fundação e hoje incorporado ao projeto Santa Clara, o café Kimimo continua conquistando cada vez mais o coração dos brasileiros.

Seu Pitéu era um senhor de estatura média, de cor morena, não tão gordo, e tinha um respeito pelas pessoas humildes. Independentemente da indústria, os seus empregados eram tratados como se fossem seus amigos, mantendo esta amizade em qualquer lugar, na fábrica e fora dela. 

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Conheci o seu Pitéu através da Lourdes Gadelha, uma jovem que prestava os seus serviços à empresa, e que neste período, nós estudávamos na mesma escola e na mesma classe, e através dela, aproximei-me do seu Pitéu, e até fui beneficiado por ele quando eu era funcionário da Editora Comercial S/A, dando-me serviços gráficos para que eu ganhasse a comissão de 10% que a empresa oferecia a qualquer um funcionário que arranjasse serviços para serem confeccionados na gráfica. 

José Batista da Mota ou seu Pitéu foi uma figura humana de muita importância no que diz respeito ao desenvolvimento de Mossoró, mantendo a sua torrefação e moagem de café, sempre gerando empregos para os mais humildes da nossa cidade.

CLIQUE NO LINK ABAIXO E LEIA MAIS SOBRE SEU PITÉU. 

https://obomdemossoro.wixsite.com/obomdemossoro/single-post/2015/08/04/o-homem-que-viu-mossor%C3%B3-crescer#:~:text=%E2%80%9CNo%20ramo%20de%20torrefa%C3%A7%C3%A3o%20e,do%20Rio%20Grande%20do%20Norte.

Minhas simples histórias

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixe-me pegar outro. 

Se você gosta de ler histórias sobre “Cangaço” clique no link abaixo: 

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PRIMEIRA E SEGUNDA.

 Clerisvaldo B. Chagas, 27 de fevereiro de 2024 

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.017

Bons tempos quando a marca do café alagoano estava no auge. Ao passarmos pela Praça Deodoro, o aroma intenso saía da torrefação do Café Afa, bem ali, na esquina do teatro, do outro lado da rua. E nós, estudantes, ficávamos inebriados e os comentários choviam sobre àquela indústria tão famosa e aceita plenamente em todos os extremos de Alagoas. É certo, porém, que a Praça Deodoro, passou por várias reformas nas sucessivas marchas dos prefeitos. Uns aceitavam as reformas como mais belas, outros preferiam o modelo mais antigo. O Teatro com o mesmo nome da praça, também passava por altos e baixos. E a sorveteria Gut-Gut, tão famosa em Maceió quanto café, teatro e praça, já ameaçava cerrar às portas.

PRAÇA DEODORO (FOTO: B. CHAGAS).

E assim nós pegamos essa fase de ouro do comércio da capital, quando as quatro referências acima, reinavam absolutas no auge da fama maceioense. Em Santana do Ipanema, perguntávamos ao dono do Café do Maneca, como ele fazia para preparar um café tão gostoso... Pouco importava se era um “café pequeno, meio café, ou café grande”, conforme classificava a clientela. Maneca dizia apenas: “Misturo o Café Afa de segunda com o café de primeira”. Mas ainda tinha o segredo da quantidade, da fervura... Que o nosso bom amigo não revelava. Em Maceió, o teatro resistiu, a praça resistiu, mas a Gut-Gut com o melhor picolé do paísl, fechou. E assim o famigerado Café Afa também deu adeus ao povo do meu estado. A saudade bate quando novamente circulamos por ali, quando lembramos também da mulher vendendo Tainha e que somente gritava “inha”, ô inha! E os estudantes, das janelas dos edifícios respondiam: Ôi, ôi!

E ainda vimos, homens de branco, elegantes e de sapatos espelhosos, no capricho dos engraxates da praça. Ali à frente paravam os ônibus, momentos de observações dos conquistadores, às senhoritas que desciam no rigor da moda para o passeio habitual pelo Comércio. Ah! Pouco importava a imponente estátua de bronze do Marechal Deodoro da Fonseca. Cheiro de perfume, aroma de café, gosto de sorvete... Movimentavam a praça chique da capital.

Alerta contra trombadinhas....

“Ô Maceió! É três mulé pra um homem só!”

http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2024/02/primeira-e-segunda-clerisvaldo-b.html

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