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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

SONETO

Por Hugo Carlos.

Quando as portas se abriram eu parei
Em frente ao casarão desabitado,
A saudade arrastou-me para o lado
E tencionou saber porque voltei.
Quis entrar, dei dois passos, ansiei
Ver o mundo pueril, o sol dourado,
A panela de peixe no tablado
Que uma soma de vezes eu flagrei.
A família num canto reunida,
Para um preto café tingindo a vida,
Que a tarde, ao cair, se repetia,
Mas num assomo do instinto recuei,
Porque daquilo que eu imaginei,
Alguma coisa, apenas, existia.


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