Acervo Guilherme Machado Historiador.
Numa bela
manhã de agosto de 1909, depois de descobrir que sua mulher não havia dormido em
casa, Euclides decidiu lavar sua honra !. Ele pediu um revólver a um amigo e foi
até a casa do charmoso, loiro e alto Dilermando de Assis. Com quem Anna (esposa
de Euclides) já havia tido um filho fora do casamento!. Quando chegou à casa de
Dilermando, Euclides gritou:
-Vim para
matar ou morrer !!!.
Quando
Euclides chegou ao quarto do amante de sua mulher, mirou em um lugar bem
especial de Dilermando, a virilha e deu um tiro, depois deu mais 2 tiros em
Dilermando que era aspirante militar e campeão de tiro na escola militar. O
amante militar conseguiu alcançar a arma que tinha em casa, (os 3 tiros não
conseguiram matar Dilermando, principalmente o na região do pênis) revidar e assim
matar o grande autor de Os Sertões.
Muitos podem
julgar Anna como apenas uma adúltera que acabou com a vida de seu marido, mas
as pessoas não conhecem os motivos da traição.
Euclides da
Cunha deve estar entre os 10 piores maridos de toda a história!. Anna fugiu
para a casa do amante por que já estava cansada de anos de brigas com o marido, humilhações e situações miseráveis causadas pelo descaso de Euclides com a
família.
Após o sucesso
de Os Sertões, Euclides embarcou para a amazônia como chefe de uma comissão
que queria resolver de uma vez por todas os problemas da fronteira do Acre.
Euclides
viajou deixando a mulher no Rio de Janeiro sem dinheiro e nem casa para abrigar
os três filhos. Anna da Cunha, sem nenhuma ajuda dos familiares teve que colocar
os dois filhos mais velhos em um colégio interno e se mudar com o caçula para
uma pensão barata!.
Anna Emília Ribeiro da Cunha
Nessa pensão,
Anna conheceu Dilermando, detalhe, na época Anna tinha 34 anos e Dilermando
17. Logo os dois se apaixonaram e decidiram morar juntos. Os dois viveram felizes por dois anos, até Euclides
voltar da expedição. O casal tentou esconder o relacionamento, mas isso já era
impossível. Anna estava grávida de 3 meses.
Filho de Anna com Dilermando.
Quando a
esposa não pode mais ocultar o crescimento do ventre, Euclides teve a certeza da
infidelidade da esposa. Então Euclides passou a agredi-la de todas as formas
possíveis, física e moralmente, chegando a humilhar ela na frente de
empregados, amigos e familiares.
Mulher traidora Anna e Dilermando
Quando Anna estava a uma semana do parto, Dilermando foi enviado a Porto Alegre. Ela ficou sozinha com o marido "corno". Depois do parto, Euclides trancou ela no quarto. Anna foi impedida de ver ou amamentar o próprio filho. O marido instalou uma grande vigilância e não cedeu a sua mulher, o que deixou a mulher desesperada. Uma semana depois, o menino que foi chamado de Mauro, morreu.
Euclides
causou problemas mesmo depois da morte! O tiro que Euclides deu no irmão
Dilermando atingiu a nuca do rapaz. A bala não foi retirada e se alojou na
espinha dorsal. Poucos anos depois da tragédia, o rapaz ficou hemiplégico (com
metade do corpo paralisado). Ele era jogador do Botafogo e aspirante da marinha, ele passou a andar de cadeira de rodas quando fez 20 anos. Em 1921, deprimido, com problemas sérios de alcoolismo e afastado da família, ele se jogou do cais de Porto Alegre (uma façanha já que andava de cadeira de
rodas) e morreu afogado.
Em 1916,
Euclides Filho tentou matar Dilermando. O filho de Euclides deu um tiro
nas costas do amante da mãe. Mas a história a tragédia de 7 anos atrás se
repetiu! Dilermando sobreviveu ao tiro (que pra felicidade dela não foi na
região da virilha) e conseguiu revidar, matando o filho de sua mulher.
Mas o tempo e
a fama de Euclides apagaram tudo isso. E também passaram uma borracha o fato de
Euclides da Cunha ter cobrido de forma ridícula a guerra dos canudos !!!.
Euclides
enviou as matérias ao jornal fora das datas e sem sentido algum. O repórter
enviou ao jornal um telegrama dizendo que "os fanáticos "de Antônio
Conselheiro estavam concentrados em Santa Maria. Nenhum outro repórter ou
militar que acompanhou a guerra citou um lugar ao redor de Canudos que se
chamasse Santa Maria. Até hoje ninguém sabe do que Euclides estava falando !!! .
Fonte: O
Estadão de São Paulo.
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