Por José Mendes Pereira
Poderá ser verdade ou apenas algumas reuniões de amigos em calçadas, e algum saiu com esta que segue. Mas com o capitão tudo é possível pensar e acreditar que aconteceu mesmo diante da sua maldade e perversidade, porque santo, o compadre Lampião nunca foi. Sempre foi perverso e vingativo, algum momento demonstrava ser piedoso e amigo. Isso faz parte de quem é cruel.
Contam que certa vez, o capitão Lampião e seu afamado bando, iam de estrada a fora nas terras de Pernambuco.
Como Lampião era fumante, e não tinha mais fumo na sua algibeira, viu um senhor
lá dentro de um roçado cultivando. E assim ele desejou falar com o sertanejo, na intenção de adquirir um dedal de fumo para matar a sua vontade de fumar. Quando
o homem o viu se aproximando, imaginou correr, mas temeu e resolveu
esperar o facínora, não iria arriscar sua vida com um possível ataque por balas disparadas por ele.
- É
Lampião! Meu Deus! O que eu faço agora? Se eu correr, ele me alcança na
pontaria do seu rifle.
Ao
chegar perto do homem, Lampião perguntou-lhe:
- Ocê fuma, cabra?
O homem apoderado de medo, respondeu-lhe:
- Nem
fumo e nem masco, capitão! Mas se o senhor quiser, eu faço os dois agora!
Lampião sentindo que o homem estava com medo, batendo no seu ombro, disse-lhe:
- Num
tenha medo não, cabra! Um cangaceiro que se preza, não mexe cum home do seu tipo. Mexe
cum cabra safado! O sinhô fique calmo, que o Virgulino Ferreira da Silva, vulgo capitão Lampião, que sou eu, jamaiz faiz covardia cum um home como o sinhô, Trabaiadô!
E em seguida, retornou ao encontro do bando, pulou a cerca e foi-se
embora.
Quando Lampião saiu do local, o homem se benzeu agradecendo a Deus pela
proteção recebida.
Esta história poderá ser verdade, poderá ser mentira, mas eu não duvido de nada. sobre o capitão.
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