ROBÉRIO SANTOS

Robério Barreto Santos nasceu em Itabaiana, Sergipe, em 20 de fevereiro de 1981, e é filho único de Pedro Santos e Maria Luciene Barreto. Sua trajetória formou-se desde cedo: iniciou os estudos no Grupo Escolar João Salônio (Nossa Senhora Aparecida), seguiu seu ensino fundamental no Colégio Josué Passos (Ribeirópolis) e concluiu o ensino médio no tradicional Atheneu Sergipense, em Aracaju .

Estudou Letras (modalidade Espanhol) na Universidade Federal de Sergipe, desde então exercendo múltiplas funções: professor de espanhol, jornalista, cineasta, fotógrafo e pesquisador cultural . É também fundador da revista OMNIA e cofundador do extinto periódico Carta Serrana.

Fotografia histórica e preservação

Robério se destaca por seu trabalho árduo de recuperação de placas fotográficas antigas, especialmente dos mestres da fotografia itabaianense: Miguel Teixeira da Cunha, Percílio da Costa Andrade e João Teixeira Lobo . Ele também recuperou e valorizou o acervo amador de José Paulo Oliveira, o “Paulinho do Doce”. Em 2012, participou do projeto “Conversando Fotografia” no SESC, onde sua dedicação à preservação e restauração de negativos de vidro foi amplamente elogiada.

Academia Itabaianense de Letras

Desde 2013, Robério ocupa a Cadeira 15 da AIL (Academia Itabaianense de Letras), cuja patronagem é do fotógrafo João Teixeira Lobo, o “Joãozinho Retratista”. Ele foi peça-chave na Bienal do Livro de Itabaiana em 2011 e lançou a página “Itabaiana Grande” no Facebook, que ainda administra com vigor.

Autor de 30 obras publicadas

É autor de pelo menos 30 livros sobre cultura nordestina e cangaço. Algumas de suas obras:

• O Vendedor de Sereias (2011) – romance

• Joãozinho Retratista – o mestre da fotografia (2011) – biografia  

• O Livro Branco da Fotografia (2012) – álbum fotográfico

• Lampião e Volta Seca em Itabaiana (2013) – coletânea de versos

• Álbum de Itabaiana (2013, em parceria com Vladimir Souza Carvalho) – fotografia

• O Cangaço em Itabaiana Grande (2014) – ensaio histórico com vasta pesquisa regional 

• Zeca Mesquita, o Visionário (2014) – biografia

• Álbum de Itabaiana 2 (2015) – fotografia

• Maniçoba (2015) – contos

• As Quatro Vidas de Volta Seca (2017) – romance histórico

Outros trabalhos incluem Zé Baiano (2019), Marca (2020), 77.15.32 (2023) e O Conselheiro (2024). Chegando a quase 50 obras entre publicadas e inéditas  

“O Cangaço na Literatura” (YouTube e pesquisa de campo)

No YouTube, apresenta o canal “O Cangaço na Literatura”, que ultrapassou 330 mil inscritos e já soma mais de 60 milhões de visualizações. No canal, viajou por mais de 17 estados, percorreu cerca de 170 000 km, entrevistou familiares de cangaceiros, visitou cemitérios, sítios e memórias afetivas do sertão. Ele busca não romantizar, mas contextuar historicamente, lembrando que “o maior vilão do Nordeste foi a fome”, não apenas os cangaceiros.

Consultoria e cinema

Robério trabalha como consultor histórico em projetos da TV Globo, incluindo a novela Guerreiros do Sol (já em exibição na Globoplay) em parceria com o historiador Frederico Pernambucano de Mello.

Também atuou como consultor do projeto Júri Épico, em Petrolina (PE) por duas vezes.

Seu livro Marca (2020) será adaptado para o cinema, com Jackson Antunes no elenco e produção por Cris, Samuca e diretor Rogério Sagui, com Isadora Cruz no papel-título. A continuação literária Marco e o livro Bolero (previsto para 2026) podem também seguir para a tela grande, formando uma possível trilogia.

Próximos projetos

Para 2025/2026, Robério finalizou o livro O Santo e o Cangaceiro, sobre a relação entre Lampião e Padre Cícero.

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Em resumo, Robério Santos é um sergipano multifacetado: escritor de ampla produção sobre o Nordeste e cangaço, fotógrafo de valioso acervo histórico, professor, jornalista, cineasta, acadêmico e consultor cultural para grandes mídias. Com raízes profundas em Itabaiana, lidera iniciativas que resgatam histórias, memória visual e tradições locais, projetando-as para o Brasil e o exterior.

Originalmente colaborando ao @ocangaconaliteratura, hoje Robério continua expandindo seu legado cultural, criando, pesquisando e divulgando, provando que sua voz permanece essencial na literatura, na imagem e no sertão.

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