Parte II - Por Paulo Britto
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Sargento Elias e Paulo Brito
O Coronel Francisco Ferreira de Melo se refere ao combate e ao soldado em entrevista ao Dr. Estácio de Lima, da seguinte forma: “ – A luta foi difícil Coronel?
"Não tanto, para quem estivesse habituado às guerrilhas sertanejas. Enfrentamos o adversário sem que êle nos esperasse. Levamos a vantagem da surprêsa. E para tantos e tão importantes cangaceiros abatidos, onze ao todo, lastimamos a perda de meu excelente soldado ADRIÃO ou ADRIANO PEDRO DE SOUZA. Também foi baleado o nosso digno Comandante e mais um praça, que teve o braço partido”.
O soldado Adrião Pedro de Souza teve a sua morte reconhecida por bravura, pela sociedade civil, seus pares, instituição a qual pertencia e autoridades, no ambiente devido e apropriado. O palco do combate nos ermos das caatingas, que serviu de jazigo para os cangaceiros, não seria o local apropriado para o antagônico, justamente para aquele que dedicou sua vida a combater os que ali ficaram. Os registros na literatura e, sobejamente nos meios de comunicação já registraram na história os nomes dos que ali combateram, não existindo nenhum demérito, por não haver a materialidade do seu nome exposto no referido local.
A famosa fotografia onde aparecem
o Comandante João Bezerra e o aspirante Ferreira de Melo
Em Angico, o imponente cruzeiro foi colocado em 30/10/1961, afixado em uma grande pedra. Na placa de bronze, no centro deste cruzeiro, tem a seguinte inscrição:
“Aqui jaz o Rei do Cangaço Capitão Lampeão com dez companheiros.
Combate em 28-7-1938. Lembrança do
Capitão Bezerra.
"Extraído do Blog Cariri Cangaço"
Colocação da Cruz em 30-10-1961”.
À materialidade - o registro histórico dos fatos. Aos nossos corações a lembrança e o agradecimento indelével por aqueles que se sacrificaram em defesa do bem.
Paulo Britto
"Extraído do Blog Cariri Cangaço"
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