Seguidores

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

A CANGACEIRA LÍDIA


Traição punida com morte

Lídia, considerada a mais bela de todas as cangaceiras, teve morte brutal porque não respeitou o código de honra do bando. Mas não foi a única. As habitantes da velha casa que ameaça desabar são as abelhas. Do lado de fora, ainda pode-se ver um rosário pendurado na parede da sala. Do lugar onde nasceu Lídia, considerada a mulher mais bonita que aderiu ao cangaço, restam as lembranças de um homem de 90 anos de idade que mora na propriedade ao lado. 


José Luís Pereira, o Sinhozinho, nascido em 1918, é econômico quando fala de sua irmã, que acabou sendo assassinada pelo homem que lhe tirou da vida pacata do Sítio Salgadinho, situado a dez quilômetros de Paulo Afonso. "A gente soube como ela morreu, mas não podia dar parte à polícia", ressalta. "E eu era muito novo. 

Fonte: http://www.orkut.com

Lembro que Ezequiel, o irmão de Lampião, me botava no colo e dizia que, quando eu crescesse, iria entrar para o bando dele", conta. Lídia entrou no cangaço por volta de 1930, com aproximadamente 18 anos de idade. Acompanhava José Aleixo, cujo nome no banditismo, José Baiano, 


Zé Baiano

deixou as iniciais gravadas em ferro em brasa no rosto de quatro mulheres por causa de uma suposta carta enviada a Lampião em que elas desafiavam o "governador do sertão" sobre o fato de ele não gostar de cabelos curtos. O fato ocorreu em janeiro de 1932, em Canindé do São Francisco, Sergipe.


Antonio Amaury

Antonio Amaury Corrêa de Araújo, em Lampião: as mulheres e o cangaço, confirma que cangaceira trair o companheiro era condenada à pena de morte, dentro das leis morais rígidas do bando. Lídia não foi a única a ser punida desta forma. Cristina, que era mulher do cangaceiro Português, foi acusada de ter um caso com Gitirana, repentista habilidoso que fazia parte do grupo de Corisco. Cristina conseguiu adiar a sua sentença de morte por apenas três ou quatro dias. Mulher no bando, Corisco só admitia Dadá. Montada a cavalo, Cristina foi enviada de volta à família, mas no meio do caminho foi morta a golpes de faca por 

Nenén do Ouro, Luiz Pedro e Maria Bonita

Luiz Pedro e outros homens, que "vingariam" Português e queriam evitar que ela delatasse os pontos de apoio dos cangaceiros. O crime ocorreu em 21 de julho de 1938, uma semana antes do ataque em Angicos que vitimou Lampião, Maria Bonita e outros nove bandidos. Quando um cangaceiro morria, era hábito um outro integrante do bando casar-se com a recém-viúva. 

O cangaceiro Mariano -
Fonte: http://lampiãoaceso.blogspot.com

No caso de Rosinha, que perdeu o companheiro Mariano em 1937, grávida de oito meses, depois que teve o filho (enviado a um padre para criar) não despertou o interesse de nenhum "solteiro". Acabou enganada e assassinada por Pó Corante, que, a mando de Luiz Pedro, supostamente iria lhe levar, sã e salva, de volta à família.

FUNDAJ NOS JORNAIS
Clipagem ASCOM
Recife, 21 de julho de 2008
 DIARIO DE PERNAMBUCO
DOCUMENTO


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário