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domingo, 18 de março de 2012

ANTONIO LUIZ TAVARES - O CANGACEIRO ASA BRANCA

Por: José Mendes Pereira

Segundo o mossoroense professor, advogado, escritor e poeta David de Medeiros Leite, em seu livro: "Ombudsmam Mossoroense", publicado em 2003, na página 71, diz que o cangaceiro Asa Branca havia trabalhado em Mossoró, na Fazenda Barrinha dos Duartes (lugar onde eu nasci),  do senhor Francisco Duarte, vulgarmente conhecido por Chico Duarte, pai de Manoel Duarte, Ferreira, o matador do cangaceiro Colchete.

Escritor David de Medeiros Leite

Diz o escritor: "A Barrinha não foi atacada, mais viveu horas intensas de medo. E o fato fazia sentido na medida em que era sabido que um antigo trabalhador da fazenda, com o apelido de Asa Branca, integrava o bando, e por isso todos pensavam na hipótese do mesmo conduzir os bandoleiros à fazenda antes de invadir a cidade".
Como o futuro cangaceiro Asa Branca chegou até a fazenda Duarte não se sabe, pois ele em entrevista que cedeu ao jornalista Tomislav Femenik, disse que foi incorporado ao bando de Lampião quando se escondia das autoridades, por ter assassinado o assassino do seu pai. 

O cangaceiro apenas declarou o ano em que passou a ser cabra de Lampião, 1922, mas   não revelou  em qual lugar do Nordeste ele  passou a acompanhar o bando do rei.  
Se o cangaceiro Asa Branca tivesse pensado tal ataque à Fazenda Barrinha, com certeza Lampião teria adquirido uma porção de jóias e muito dinheiro, vez que


Chico Duarte

Chico Duarte jamais foi coronel, mas era muito rico, dono de todas as terras no Leste que cobre Mossoró.
Do Sul para o Norte as terras de Chico Duarte, pai de Manoel Duarte, começando pelo Sítio Curral de Baixo, hoje, propriedade dos herdeiros do matador do cangaceiro Colchete.

Sítio Angicos, propriedade do médico  já falecido, Duarte Filho, irmão de Manoel Duarte, nos dias de hoje, no domínio do seu genro Dr. Gastão, irmão do Paulo Medeiros Gastão, o fundador da SBEC.

Sítio Tabuleiro Grande, propriedade do já falecido José Reis, hoje no domínio dos filhos. Sítio Martelo, propriedade do falecido Luiz Duarte (Lili Duarte),  herdeiro do fazendeiro, hoje no domínio dos seus filhos. Sítio Mururé, antiga propriedade de Tentora, também filho do fazendeiro, hoje, propriedade de Dr. Sérvulo. Sítio São Francisco, este último, uma pequena parte pertence aos herdeiros de Chico Néo, meu tio, e Pedro Nél, meu  pai, ambos falecidos, propriedades compradas a Lili Duarte.

Outra grande parte deste último sítio pertence a Ufersa, antiga Escola Superior de Agricultura de Mossoró, e novamente ao fazendeiro Dr. Sérvulo Hebert Vasconcelos e ao Dr. Carlos.

Com a morte do fazendeiro,  onde era localizada a sua grande fazenda, passou a ser propriedade  da viúva, Dona Chiquinha Duarte, que com a sua morte foram herdeiras: Letícia Rodrigues Duarte, filha do casal fazendeiro, e  Gema, sobrinha da viúva. Posteriormente as herdeiras venderam para o capitão Fábio e ao industrial Raimundo Figueira.

Na mesma localidade Barrinha, tem ainda a  propriedade de Aldemar Duarte,  já falecido, pai do escritor Davi de Medeiros Leite. 

Ainda era  propriedade do mesmo fazendeiro, o Sítio Melancias, cujo, fazia estrema com o fazendeiro Joca Correia.

Todos estes sítios são ligados, que antes era uma única propriedade, pertencente ao maior latifundiário de Mossoró, Chico Duarte.  

José Mendes Pereira 
   

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