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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Hoje na História de Mossoró - 31 de Agosto de 2012

Por: Geraldo Maia do Nascimento

Em 31 de agosto de 1875 o Decreto n. 5881, oriundo do Gabinete do Visconde do Rio Branco, aprovando o regulamento do recrutamento para o Exercito e Armada, teve repercussão desfavorável na Província do Rio Grande do Norte, onde várias comunidades se levantaram em sinal de protesto.

Ninguém desejava que seus filhos fossem apanhados para o serviço militar, notadamente quando era sabido das intenções dos chefes políticos dominantes em darem sua preferência a filhos de adversários, como no caso em tela aconteceu nesta cidade. Assim é que, mirando em acontecimento idêntico desenrolado em municípios desta Província, as mulheres mossoroenses promoveram uma manifestação e conseqüente passeata pelas ruas da cidade, rasgando os editais afixados, na Igreja, indo à redação do jornal O MOSSOROENSE, destruindo cópias dos mesmos que ali estavam para ser publicados. Partiram daí para a Praça da Liberdade e se engalfinharam com um grupo de soldados da Força Pública, mandados para dominar a rebelião. Houve luta ente mulheres e soldados, saindo algumas feridas, não mais se agravando a situação, graças à interferência de outras pessoas.

O Juiz de Direito, Dr. João Antônio Rodrigues comunicou o fato ao Presidente da Província, Bacharel João Bernardo Galvão Alcanforado Júnior, que mandou instaurar inquérito contra as promotoras do Motim das Mulheres, cuja peça processual desapareceu do arquivo do Departamento da Segurança Pública. Estavam envolvidas no movimento das Evas mossoroenses, cujo número de participantes se elevava a 300, Ana Floriano, mãe do jornalista Jeremias da Rocha Nogueira, Maria Filgueira, esposa do Cap. Antônio Secundes Filgueira e Joaquina Maria de Góis, genitora do historiador Francisco Fausto de Souza.

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Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento 
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