Por: José Mendes Pereira
Todos os dias o mendigo estava na parada do semáforo, no cruzamento da Presidente Dutra com a Rua Francisco Mota, angariando uma moedinha, ou até mesmo uma cédula com maior valor monetário.
Algum passava e com um olhar orgulhoso, não lhe dava o mínimo valor. Outro chegava e antes que o sinal liberasse, abria o vidro da porta do seu carro e repassava para ele uma moedinha. Satisfeito, agradecia-lhe dizendo: "-Deus é quem vai lhe pagar".
Certa vez, já bem próximo ao natal do Senhor Jesus Cristo, o mendigo lá estava, bem vestido, sapatos novos, barba feita, cabelos cortados, unhas limpas e aparadas e cheio de esperanças. Dirigiu-se ao primeiro condutor daquele carro, e com educação pôs-se a bater no vidro da porta.
O condutor que já sabia da sua mania de sempre, indicou com o dedo que não tinha moedas para lhe dar naquele momento. O mendigo insistiu. Até que o condutor já quase irritado, resolveu abrir o vidro da porta para melhor explicar-lhe:
- Com o meu dedo, eu já expliquei que não tenho moeda para lhe dar, rapaz!
O mendigo com paciência e educadamente disse-lhe:
- Eu pedi para o senhor abrir o vidro do seu carro, não para lhe pedir esmola. Hoje o que eu quero do senhor e de todos condutores de automóveis, é que me prestem um pouquinho de atenção: Eu quero desejar ao senhor e a todos condutores de automóveis, seus familiares, amigos e a todos aqueles que fazem parte das suas amizades: "UM FELIZ NATAL, UM FELIZ ANO NOVO".
O pai que nos deu a vida e nos dá o pão nosso de cada dia também é o pai do mendigo.
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