Ontem completou um ano que Alcino Alves Costa faleceu. Era escritor, poeta, pesquisador do cangaço, sócio da SBEC - Sociedade Brasileira de Estudo do Cangaço, ex-prefeito durante três mandatos da cidade de Poço Redondo, no Estado de Sergipe. Alcino era autor de um dos mais importantes livros sobre o cangaço - "Lampião Além da Versão - Mentiras e Mistérios de Angico".
Se você ainda não tem este livro entre em contato com o escritor e poeta Rangel Alves da Costa (filho do autor) que ele dirá como adquiri-lo.
Este livro eu o tenho e já o li. Você não se arrependerá em adquiri-lo. São aproximadamente 30 histórias sobre invasões e mortes feitas por cangaceiros que valem a pena você conhecê-las. Para quem gosta da literatura lampiônica este livro não pode faltar na biblioteca.
Adquira-o o quanto antes possível. Amanhã poderá ser tarde, já que o autor partiu para a eternidade.
1 - Você conhecerá todos os cangaceiros que nasceram em Poço Redondo e seus pais...
2 - Irá também conhecer a castração do sertanejo Beijo.
3 - A morte do cangaceiro Vulcão.
4 - A perseguição do volante Mané Veio para assassinar o cangaceiro Luiz Pedro, na madrugada de 28 de Julho de 1938, no momento da chacina aos cangaceiros, lá na Grota de Angico.
5 - A morte de Rosinha, companheira do cangaceiro Mariano, a mando de Lampião.
6 - A morte de Brió.
7 - A bagunça que os cangaceiros fizeram no coito de Lampião e muitas outras histórias fantásticas.
Entre em contato com o filho do autor através deste e-mail.
rangel_adv1@hotmail.com
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Mendes amigo: Veio em bom momento sua chamada para aquisição do livro LAMPIÃO ALEM DA VERSÃO, do mestre Alcino, pois eu achava não mais existir. Como pode haver a possibilidade para adquirir o mesmo, já passei a comunicação neste momento para o amigo Rangel caso ele ainda o tenha em estoque. Grato pela lembrança neste dia em que completa UM ANO e UM DIA do passamento do velho amigo ALCINO.
ResponderExcluirAntonio José de Oliveira - Povoado Bela Vista-Serrinha-Ba.
Caro professor Mendes: Já recebi o comunicado de Rangel em que me avisa ainda haver o livro de Alcino em estoque em Poço Redondo. Ele irá me enviar depois.
ResponderExcluirGrato,
Antonio Oliveira - Serrinha
MOMENTO DE ORAÇÃO PARA ALCINO ALVES COSTA O POETA DO SERTÃO
ResponderExcluirOh meu querido Deus
Eu apelo sua misericórdia
Tenha compaixão do Poeta do Sertão
Cubra com vosso manto
Os passos de nosso pai, amigo e irmão.
Alcino Alves Costa que tanto amou e venerou o Sertão
Dai a este querido homem
O derradeiro perdão.
Elian Cruz – 31/11/2012
Hospital Primavera, (Aracaju-Se) ás 5h.
O PERDÃO DO POETA DO SERTÃO
Passei um ano guardando em meus pensamentos às ultimas palavras que meu admirável Alcino Alves Costa pronunciou nos momentos que passamos no dia 30 de novembro/2012, quando fui passar a noite para revisar o plantão de seus familiares que nunca permitiram delegar cuidados só para equipe de enfermagem no leito do Hospital Primavera. Conversamos bastante e recordando as coisas boas do Sertão, sua caminhada e diversas histórias vividas e vivenciadas; Falamos dos cangaceiros, do Amor, viola e sertão, família e mulheres. No meio de nossa coversa as lembranças afloraram saudades e arrependimentos, ao perceber que ele estava emocionado, procurei logo tentar mudar de assunto e fomos escutar as musicas de Padre Zezinho, ao final da segunda musica ele segurou a minha mão e disse – Você sabia que eu gosto te admiro e gosto muito de você; Você sabia que sua filha é minha filha! E eu a amo muito, tem duas coisas que eu tenho que fazer antes que Deus me leve desse mundo, com fé em Deus se eu sair dessa... - Eu vou pedir perdão para todas as mulheres que eu fiz sofrer, pedir perdão as dezenas de filhos que coloquei no mundo e vou melhorar os estudos de minha filha Maria. Continuei sem achar palavras de conforto e segurei minhas lagrimas o que eu sentia por aquele ser humano tão magnífico, que eu aprendi a amar e vê-lo na figura de meu pai, resolvi dizer-lhe que ia ajuda-lo a invocar nosso Deus e suplicar o perdão, enquanto ele falava de sua querida esposa Peta e seus filhos e em discórdias, eu continuei em oração encontrando palavras para dizer-lhe que ele tinha uma família maravilhosa, e as dezenas de sementes que ele espalhou, deram frutos magníficos, inteligentes e unidos, que ele devia se orgulhar por seus filhos e continuar amando a cada um deles da maneira que sempre demonstrou. No dia seguinte, às 9h, chegou sua Neta Petrinha para trocar o plantão. Sai do Hospital certo que voltaria por volta das 17h ou 18h, na certeza de comunicar para sua filha Ustane o meu desejo de convidar um padre amigo para ouvir a sua necessidade de pedir perdão. A triste noticia chegou quando eu já á caminho do hospital, recebi uma ligação de Ustane em prantos comunicando do falecimento do nosso querido Alcino. Resolvi calar-me no silêncio, porem sempre recordando de nossa conversa, sentir a tristeza da perda do meu amigo e Avo de minha filha que o considerava seu verdadeiro Pai, nosso sofrer a dor da perda nos fez passar despercebida de um fato importante é tão presente na realidade do Poeta do Sertão.
Hoje, depois de ler “Todo o Sertão num só coração Vida e Obra de Alcino Alves Costa”, lançado por seu filho Rangel, foi que senti a necessidade de relatar o acontecido e propagar aos quatro cantos do Sertão e do mundo que o Poeta do Sertão nosso querido Alcino. Pediu Perdão para todas as mulheres que ele fez sofre e também pede perdão e desculpas aos seus mais de trinta filhos espalhados por esse mundo de Deus.
Elian Cruz