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sábado, 4 de janeiro de 2014

OS CABRAS DE LAMPIÃO (Ranulfo Prata) - Parte II

Fragmento do capítulo de livro - transcrito por Luiz Alberto da obra: Lampião /Ranulfo Prata/Traço Editora

 Dadá e Corisco

Corisco

É filho de Salgado do Melão e, depois de Volta-Seca, o principal assecla de "Lampião".

Conta 32 anos é alto, musculoso, alourado, de traços finos de branco.

Além do apelido de Corisco, pela maneira de fulminar o inimigo com a rapidez de um raio, tem ainda a alcunha de "Diabo Louro". Capitanea um dos numerosos subgrupos que vivem como satélites em torno do núcleo principal. Quando o chefe e compadre mentem.

Não ama, porém, estar sempre sob a sua disciplina. Finda a necessidade, afasta-se de novo, e vai, com uns poucos companheiros, correr o sertão por sua própria conta e risco.

É o mais cavalheiresco de todos e mais bravo do que "Lampião", precisa de reforço para ataques ou defesa, ele corre a servi-lo lealmente. Ao lado de crimes brutais, tem gestos de piedade, salva e protege muitas vezes.

Na fazenda Prazeres, estrada de Jeremoabo, estava o velho José de Tal montado em uma bestinha, quando se lhe depara a malta com "Lampião" e Corisco à frente.

Corisco quer logo ficar com a besta, ao que o velho se opõe valentemente, pois era o seu único possuído. Discutem. E o velho, num arrojo maluco investe contra o bandido, trancam-se e rolam ambos na poeira do caminho. "Lampião" intervém conciliador:

Deixe o home, compadre...

E Corisco, a sacudir-se:

- Póde ir meu véio, leve a sua besta; você é dos bom, a um bicho, assim não se ofende sem quê nem p’rá quê...

http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2009/10/os-cabras-de-lampiao-ranulfo-prata.html

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