Segundo o escritor Franklin Távora
o primeiro cangaceiro que surgiu no Nordeste brasileiro, em Recife, em meados de 1776, foi o Cabeleira, de nome José Gomes. E era apenas um
bandido cruel e sanguinário, que entrou na vida do crime, influenciado pelo seu
pai, o não menos perverso Joaquim Gomes, um homem mal e cruel, que muito cedo ensinou
o filho a arte violenta de matar e sangrar as pessoas indefesas, apenas por
puro prazer. Juntamente com seu pai e um negro de nome Teodósio, Cabeleira
aterrorizou toda a zona da mata pernambucana, desde Vitória de Santo Antão, até o
centro do Recife.
Cabeleira não
escolhia suas vítimas. Era um herói sem causa social, e não tinha para si um
código de ética e de conduta. Matava por matar e roubava por roubar. José Gomes
foi aprisionado num canavial em Paudalho, zona da mata de Recife, e levado à
forca no Forte das Cinco Pontas em 1776. Das estórias de Cabeleira, só contadas
pelo romancista Franklin Távora, ficam os versos que imortalizou a figura desse
cangaceiro na alma do nordestino. Mas quem fechou o cangaço em 1940 foi o famoso Diabo Loiro, Corisco, quando foi assassinado no dia 25 de Maio deste ano.
No tempo de Lampião os cangaceiros que mais se destacaram com as suas perversidades foram: Virginio Fortunato da Silva (Moderno), este, o próprio escritor Franklin Távora diz que não confirmado, que possivelmente ele era do Rio Grande do Norte. Luiz Pedro (de Neném),
Antonio de Ingrácia, Cirilo de Ingrácia, Sinhô Pereira, Antonio Rosa, Cassimiro
Honório, Zé de Julião (de Enedina), Moreno (de Durvinha), Antonio Matilde, Azulão, Gato (de Inacinha), Zé Sereno (José Ribeiro - de Sila),
Pancada (de Maria de Pancada), Chico Pereira (de Jarda), Corisco (de Dadá), Zé Baiano (de Lídia), Labareda (Ângelo Roque), Massilon
Leite, Sabino das Abóboras, Jararaca (José Leite de Santana), Balão, Meia
Noite, Tubiba, Bom Deveras e Baliza.
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