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terça-feira, 15 de abril de 2014

1926 - Lampião se diverte na sua terra natal Pernambuco




Em 4 de Fevereiro de 1926, na fazenda Caraíbas, em Floresta, no Estado de Pernambuco houve combate entre Lampião com 60 cangaceiros e a força volante do tenente Optato Gueiros com 35 soldados. O tenente Higino Belarmino, o cabo Manoel de Souza Neto e o rastejador Batoque saíram feridos. Foi morto os soldados Aristides Panta, Benedito Bezerra de Vasconcelos e Antônio Benedito Mendes, e também 6 cangaceiros de Lampião.

Em 18 de Fevereiro de 1926, Lampião aproveita e ataca Nazaré do Pico com 50 cabras. No povoado estavam apenas Lúcio Nogueira, Abel Thomaz, Aureliano Nogueira, Manoel Jurubeba, Gomes Jurubeba e João Jurubeba. Depois chegou Odilon Flor com Euclides Flor, Vicente Grande, Manoel Lira, Antônio Capistrano e Quinca Chico. Lampião recuou que com raiva, tocou fogo nas fazendas de Euclides, João Flor, Afonso Nogueira e Praxedes Capistrano.

Em 20 de Fevereiro de 1926, a Coluna Prestes passa próximo ao povoado de Nazaré com 600 homens, sendo perseguida pela força legalista comandada pelo major Otacílio Fernandes que, ao entrar no povoado, houve troca de tiros por engano com os habitantes.

Em 23 de Fevereiro de 1926, Lampião ataca a fazenda Serra Vermelha, em Serra Talhada, também em Pernambuco, e Antônio Ferreira mata Zé Alves Nogueira, tio de seu inimigo Zé Saturnino. Zé Nogueira havia sido sequestrado pela Coluna Prestes na passagem da mesma pela região, e tinha acabado de chegar em casa, cansado da violência sofrida pelos revoltosos e sua morte gerou grande ódio na família Nogueira.

Em 12 de Março de 1926, Lampião recebe a patente de capitão do Exército Patriótico de Padre Cícero em Juazeiro do Norte - CE. Lampião tinha bastante respeito e devoção ao padre, e sua chegada na cidade foi com festa, sendo até entrevistado. Foi a ultima vez que reuniu toda a família para tirar uma foto. Recebeu muita munição e ordens para combater a Coluna Prestes.

Em 20 de Abril de 1926, Lampião ataca o povoado de Algodões que se encontrava com os soldados doentes de malária.

Em 3 de Julho de 1926, Lampião ataca as cidades de Cabrobó - Ouricuri - PE e Parnamirim, todas estas cidades são localizadas no Estado de Pernambuco.

Em 7 de Julho de 1926, Lampião manda o cangaceiro Sabino Gomes atacar a cidade de Triunfo - PE, saqueando o comércio local. Houve troca de tiros com a polícia, saindo mortos 2 soldados e o comandante da polícia local.

Em 1º de Agosto de 1926, Lampião com 80 cangaceiros ataca a fazenda Serra Vermelha, em Serra Talhada - PE. A família Nogueira composta do major João Alves Nogueira, do seu filho Neneco e dos seus netos Luiz, Dãozinho, Raimundo e Gentil Nogueira combatem, saindo morto o cabra Zé Paixão e Antônia, ambos moradores de João Nogueira, este tio-sogro de Zé Saturnino.

Em 26 de Agosto de 1926, o cangaceiro Horácio Novaes pede a Lampião para atacar a família Gilo, na fazenda Tapera, em Floresta - PE, por conta de uma mentira que Horácio soltou para Lampião sobre o patriarca da família. Lampião então mata 12 pessoas da família, e na hora de mostrar uma carta ao patriarca, o mesmo responde que não sabe ler e escrever sendo morto na mesma hora por Horácio Novaes. Lampião percebe a mentira de Horácio e ele sai do grupo, indo embora para o sul do país.

Em 2 de setembro de 1926, Lampião ataca novamente a cidade de Cabrobó - PE.

Em 6 de Setembro de 1926, Lampião ataca a Fazenda Saco do Martinho, de propriedade do Tenente Coronel Martinho da Costa Agra Parnamirim - PE morrendo 2 soldados.

Em 16 de Setembro de 1926, combate na fazenda Tigre, em Itacuruba - PE entre Lampião e o cabo Francisco Liberato. Lampião foi ferido na omoplata e o cangaceiro Moreno no pé. Lampião foi para a Serra da Cunha, em Tacaratu - PE, trata do ferimento. Lá, ficou escondido sobre a proteção do rico-fazendeiro Ângelo Gomes de Lima, o Anjo da Gia.

Em 11 de Novembro de 1926, combate na fazenda Favela, em Floresta - PE, entre Lampião e a força volante comandada pelo cabo Manoel de Souza Neto e o sargento Zé Saturnino. A força recuou, morrendo 5 soldados, sendo um deles João Gregório Ferraz Neto, da família nazarena. Do lado dos cangaceiros morreram cinco bandidos. Após o combate o capitão Muniz de Farias chegou na fazenda e mandou tocar fogo em tudo, por ter raiva do dono da fazenda.

Em 25 de Novembro de 1926, Lampião sequestra o viajante Mineiro Dias e vai até a Serra Grande, em Serra Talhada - PE. Nessa serra acontece o maior combate entre cangaceiros e a polícia. Participam do combate o major Theófanes Ferraz Torres, tenente Higino Belarmino, tenente Sólon Jardim, sargento Arlindo Rocha, cabo Manoel Neto, despedaçam Euclides Flor e mais 400 homens. Lampião do alto da serra ataca e mata onze da polícia e deixa onze feridos entre eles Manoel Neto e Arlindo Rocha. De Lampião apenas Antônio Ferreira foi baleado.

Em 25 de Dezembro de 1926, por conta do ferimento e da falta de munição gasta no combate da Serra Grande, o cangaceiro Antônio Ferreira junto de Luiz Pedro, Jurema e Biu, vão até a fazenda Poço do Ferro, em Tacaratu - PE, pertencente ao coiteiro Ângelo Gomes de Lima. O cangaceiro Luiz Pedro estava limpando uma arma e acabou dormindo. Antônio Ferreira em ato de brincadeira balança a rede para acordá-lo e a arma dispara acidentalmente atingindo Antônio Ferreira. Lampião é chamado até a fazenda. Chegando lá, encontra Antônio ainda vivo e isenta Luiz Pedro de culpa. Logo depois morre o cangaceiro Antônio Ferreira, seu irmão.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Virgulino_Ferreira_da_Silva

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