Sabendo dos
rumores que Lampião estava nas redondezas, meu pai José Tibúrcio da Silva, ao
viajar para Queimadas mandou que minha mãe, Marcionília Pinho da Silva, fosse
dormir na casa do cunhado (Martinho Pereira da Silva) que ficava perto. Eu, Germinia Pinho da Silva tinha apenas seis meses de idade. José Tiburcio da
Silva como proprietário da Fazenda Paraíba, transportava daqui peles de ovinos,
bovinos e caprinos que levava para Queimadas, pois lá havia um curtume que era
do Coronel Vicente Ferreira da Silva, que era primo de José Tibúrcio da Silva.
Ao chegar lá, ele deixava as peles para serem curtidas, e as que já estavam
curtidas, ele pegava para trazer, completando a carga com sacas de café que
vinham de Jacobina para Queimadas.
Meu pai era dono de uma tropa de oito burros, sendo seu tropeiro o Senhor Higino morador da Fazenda Roda. Ao chegar aqui na Vila do Raso, como era conhecido na época, meu pai tinha que ir prestar contas ao Coronel Vicente Ferreira da Silva, pois era ele que dava os fretes para meu pai conduzir.
Meu pai era dono de uma tropa de oito burros, sendo seu tropeiro o Senhor Higino morador da Fazenda Roda. Ao chegar aqui na Vila do Raso, como era conhecido na época, meu pai tinha que ir prestar contas ao Coronel Vicente Ferreira da Silva, pois era ele que dava os fretes para meu pai conduzir.
Foi
no período desta viagem que Lampião chegou em João Vieira arraial de Araci, no
mês de Dezembro de 1928, procurou saber quem era fazendeiro e quem tinha tropas
de burros. Alguém que se dizia ser amigo de meu pai, informou a Lampião sobre ele, e Lampião mandou o cangaceiro Corisco ir até a Fazenda Paraíba, guiado
por esta pessoa, pois não sabiam onde era a fazenda. Ao chegar, não encontrando
ninguém, os cangaceiros colocaram fogo na casa.
Quando foram cinco horas da manhã, pois eu acordava muito cedo para comer, minha mãe chamou as meninas para ir tirar leite das cabras, pois eu só tomava leite de cabra, ela me levava nos braços. Ao chegar na malhada, ela avistou o fogo em cima da casa, e logo viram os cangaceiros com os fuzis, os burros amarrados e etc.
Ela respeitando os cangaceiros não seguiu, pediu que uma das meninas que ela criava que voltasse na casa do meu tio Martinho para chamá-lo para poder encorajá-la, pois ele ia enfrentar eles. Ao chegar trazendo consigo nos braços o garoto José Brígido da Silva (Zeles) que tinha apenas dois anos e dois meses de idade, ele se reuniu com minha mãe que estava comigo nos braços.
Ao se
aproximar da fazenda ela avista a fumaça em cima do telhado, pois eles já
tinham arrombado a porta e entrado, pegado dinheiro, peças de tecido de seda,
saquearam a casa, e depois pegaram querosene, que na época meu pai comprava
querosene em lata, destelharam a cumeeira da casa ensoparam com o querosene e
puseram fogo.
Fonte: facebook
Página: Governador do Sertão Virgulino
O cangaceiro Corisco
Quando foram cinco horas da manhã, pois eu acordava muito cedo para comer, minha mãe chamou as meninas para ir tirar leite das cabras, pois eu só tomava leite de cabra, ela me levava nos braços. Ao chegar na malhada, ela avistou o fogo em cima da casa, e logo viram os cangaceiros com os fuzis, os burros amarrados e etc.
Ela respeitando os cangaceiros não seguiu, pediu que uma das meninas que ela criava que voltasse na casa do meu tio Martinho para chamá-lo para poder encorajá-la, pois ele ia enfrentar eles. Ao chegar trazendo consigo nos braços o garoto José Brígido da Silva (Zeles) que tinha apenas dois anos e dois meses de idade, ele se reuniu com minha mãe que estava comigo nos braços.
Fonte: facebook
Página: Governador do Sertão Virgulino
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