Por João de Sousa Lima
Conheci Bia
acaso do destino; Ela fascinada pelas histórias do cangaço e eu entranhado há
tempos nas diversas veredas da historiografia cangaceira, colhendo dados,
rabiscando páginas, escrevendo livros.
Muitas léguas
separavam corpos, a tecnologia estreitando distâncias, aproximando almas.
Muitos sonhos,
risos, segredos desvendados, confidências guardados no diário imaculado do
coração.
Ela tornou-se
chama ardente, flamejante centelha que aquece os campos minados da alma que
sofreu os desamores e dissabores da vida. Suas
palavras trouxeram momentânea paz....
...Paz que
acreditamos vir pelo amor..... ....Essa paz iluminou meu
horizonte, cruzou meu espaço, revirou meu tempo.
Restou um
brilho, um brilho que quase opaco adormeceu no desconhecido dos nossos
sonhos.
Sua voz deixou
palavras que ecoam como amarras que aprisionam as
liberdades que nutrem o coração. Foram frases que vagam ao vento e causam
desalinho nas lembranças dos bonsmomentos. Seu riso eterniza-se como essência
da nossa amizade mesmo tendo as lembranças do teu feminismo que deixou rastros
fortes nas mais áridas veredas de um coração de um homem rude...
Quando o sol
castigar tua epiderme feminina e clarear teu chapéu imaginário de cangaceira, a
luz atenuará algumas atitudes quase impensáveis que queima o pasto de nossas
mais doces lembranças eternas...
João de Sousa Lima é historiador, escritor, pesquisador do cangaço e administrador do blog: http://www.joaodesousalima.com
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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