Por Clerisvaldo B.
Chagas, 30 de maio de 2014 - Crônica Nº
1.200
“Uma flecha é um projétil disparado
com um arco. Ele antecede a história e é comum a maioria das
culturas.
Foto: Lucas Salomão,
G1.
Uma flecha
consiste de uma haste longa e fina, com seção circular, feita originalmente de
madeira e agora também de alumínio, fibra
de vidro ou de carbono.
Ela é afiada
na ponta ou armada com uma ponta
de flecha em uma extremidade, dispondo na outra de um engaste (nock) para
fixação na corda do arco. Pontas de flecha são disponibilizadas em uma
variedade de tipos, adequando-se ao uso que será feito da flecha, seja
desportivo, caça ou militar. Próximo
à extremidade posterior da flecha são colocadas superfícies de estabilização
que constituem a empenagem da flecha, a fim de ajudarem na estabilização da
trajetória de voo. Geralmente em número de três, as penas são dispostas ao
redor da haste formando um ângulo de 120º entre si. Nas flechas modernas as
penas são fabricadas em plástico e afixadas com cola especial.
Artesãos que
fabricam flechas são conhecidos como "flecheiros", termo relacionado
à palavra francesa para flecha, flèch
Conforme a
flecha voa em direção ao alvo, sua haste irá entortar-se e flexionar de um lado
para o outro, lembrando um peixe debatendo-se fora da água e caracterizando um
fenômeno conhecido como paradoxo do arqueiro.
O equipamento,
espécie de coldre ou estojo, usado para carregar as flechas usadas pelos
arqueiros desde a mais remota antiguidade é chamado de aljava”.
Mas o povo
brasileiro gosta de inventar palavras e associar situações. Conheci um sujeito,
humorista por natureza, que bebia cachaça. Quando dava a sua hora de enfrentar
o copo, dizia para os amigos: “Vou ali tomar uma frechada”.
Mas flechada
de verdade ainda existe no Brasil moderno. Bem que o protesto dos índios em
Brasília foi uma coisa inusitada. Devidamente caracterizados e pintados para a
guerra, misturaram-se a outros descontentes e não foram ouvidos pelas
autoridades. Deu no que deu.
Perambulando
entre um prédio público e outro, os indígenas foram atacados pela cavalaria.
Índio é bicho disposto, tome flechada num cavaleiro que talvez se julgasse do
Apocalipse. Vai para o hospital o infeliz varado na coxa, pensar porque atacava
os indefesos. Índios contra a cavalaria numa cena tipicamente urbana, e
flechadas das boas repercutiram pelo globo.
Isso faz
lembrar o tempo em que certo governador de Alagoas, mandou que a cavalaria
massacrasse os professores diante do palácio, educadores que apenas queriam
dialogar com ele. Os castigos de Deus não tardaram e ainda hoje o ditador sofre
às consequências.
O meu compadre
quer ser índio explorado, policial metido à besta, professor insatisfeito ou
governador padrão bufa?
A única saída
desse quadrado, amigo, é esquecer tudo. Vamos comigo, comemorar 1.200 crônicas
escritas para o mundo! ACEITA UMA FRECHADA?
Postado por
Adryanna Karlla Paiva Pereira Freitas
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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