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sexta-feira, 18 de julho de 2014

O Massacre dos Salinas - 1932

A foto é só para ilustração

No município de Jeremoabo, na Bahia, há um sítio chamado Almesca, que foi palco de uma das maiores atrocidades cometidas por Lampião no tempo do cangaço.

Sempre passavam grupos de cangaceiros nestas terras. O dono do referido local, senhor Manoel Salina, toda vez que “avistava” os cabras, corria até Jeremoabo e dizia para as autoridades o ocorrido.

O pesquisador Antônio Amaury, em seu livro “De Virgolino a Lampião”, na pg. 221, refere que o tenente Zé Rufino tenha dito: “(...) Manoel salinas tinha brasa na língua e que precisava falar para ventilar e aliviar a boca (...)”.

Ainda segundo o pesquisador na ob. cit., “(...) Lampião foi informado desse hábito (...) mandou-lhe um recado bastante claro: “Deixe de contar nosso roteiro para os macacos, senão vamos matá-lo! (...) contrariando a expectativa normal e demonstrando grande falta de bom senso (...) continuou com suas denúncias (...)”.

 O dono do sítio foi morar na cidade. Porém, certa vez juntou seus familiares e conhecidos para fazer uma “farinhada”.

Sabendo que ia acontecer tal coisa, Lampião mandou um coiteiro sondar se a conversa era verdadeira, tendo a confirmação positiva, chamou a tropa e informou para onde iam. Chegando à fazenda, prenderam todos rapidamente. Nas pags. 222 e 223 da cit. ob. o autor nos relata,”(...) João Grande, Cirilo Batata, Antônio Batata e Boa batata foram mortos de imediato. Sem demora (...) pegaram Manoel Salina e um de seus filhos e amarram-nos juntos, em pé (...) executaram o filho com um tiro na cabeça. Ao tombar no chão, sem vida, trouxe consigo seu pai (...)”. Repetiram esta atrocidade de amarrar um filho ao pai e matar o filho em três de seus filhos. Todas às vezes que foi morto um dos filhos, ao cair, levava o pai ao chão. o filho chamado Fabiano foi obrigado a subir no telhado da casa de farinha e ir quebrando suas telhas. Com uma coragem de monstro, sem saber de onde veio, saltou do telhado e correu até a cidade. comunicando as autoridades do que se passava. As autoridades resolveram só ir ao dia seguinte.

Voltando ao livro do grande pesquisador “(...) depois de matarem os três filhos (...) quebraram-lhe todos os dentes, arrancaram todas as suas unhas a punhal, castraram-no e vazaram um de seus olhos (...) nesse estado o puseram em cima de um cavalo (...) até a fazenda bandeira, onde morava um outro filho de salina (...) Chamou seu filho Ulisses (...) foi sumariamente, abatido a tiros (...), e depois de tudo isso é que Lampião resolveu colocar um fim ao sofrimento de Manoel salina (...)”.

(Obs.: a foto acima postada não quer dizer que foi esse o grupo que cometeu as barbáries, mas nesta foto Lampião é o primeiro da esquerda). 

Fonte: facebook
Página: Sálvio SiqueiraLampião, Cangaço e Nordeste

Confira também neste site: 
http://cariricangaco.blogspot.com.br/2012/02/chacina-da-familia-salinas-e-caravana.html 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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