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sábado, 27 de dezembro de 2014

EU OUVI DE QUEM ESTAVA LÁ

Por Clarles Garrido

Prezados, saudações.

Postagem Número Quarenta e Oito.

Bom, conforme vocês perceberam, infelizmente tive que me ausentar um período de nossa página, devido à produção do nosso documentário, que irá ao ar dia 16 de dezembro próximo (já aconteceu). Isso tem tomado muito meu tempo, fazendo com que eu perca o contato diário com vocês, meus fiéis, e queridos leitores. Entretanto, tudo é por uma boa causa, pois acho que o resultado será satisfatório. Entretanto, para que não percamos o hábito, gostaria de convidá-los para analisarmos essas duas fotografias:

1 - Podemos observar a imagem de uma mulher, de cor possivelmente mulata, ou negra, onde alguns pesquisadores citam ser uma das vítimas do cangaceiro Zé Baiano. Indubitavelmente uma das fotografias mais conhecidas quando querem mostrar algumas estatísticas de violência por parte dos bandoleiros. Entretanto, não precisamos ser nenhum perito para percebermos que na realidade trata-se de uma fraude grosseira, produzida na década de setenta. Basta analisarmos o local exato da cicatriz, onde nitidamente foi inserida o desenho por sobre a fotografia. Isso, sem contar que até hoje, não se tem a identificação dessa senhora, muito menos o ano, e nem a localidade onde isso ocorreu.

2 - Agora sim, temos uma foto autêntica. Trata-se da senhora Maria Marques, que em 1932, no município sergipano de Canindé do São Francisco, foi vítima do cangaceiro Zé Baiano, quando o mesmo a ferrara com um utensílio de marcar animais (gado), inserindo impiedosamente em sua face, as iniciais J.B (José Baiano). Porém, nesse caso também existe uma, das inúmeras lendas que cercam o tema. Citam que o cangaceiro a teria "ferrado" pelo simples fato dela usar cabelo curto à época, o que trata-se de um grande equívoco, pois, na realidade, ela foi "marcada" pelo simples fato de ser prima do soldado Antônio Jacó (Mané Véio) que inclusive, seis anos mais tarde seria um dos grandes nomes do combate da Grota do Angico, em 1938.

Caros leitores, ao olharem bem para as duas cicatrizes, vocês logo perceberão que a de número um, não passa de mais um devaneio por parte daqueles que seriam os responsáveis pela posteridade do tema que nos une.

EU OUVI DE QUEM ESTAVA LÁ

Charles Garrido
Pesquisador - Fortaleza-Ce

Fonte: facebook
Página: Cangaço

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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