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quinta-feira, 9 de junho de 2016

GANHEI DE PRESENTE

Por Archimedes Marques

Ganhei de presente essas armas antigas dos familiares de um amigo policial civil que faleceu no dia de ontem. ZÉ BRIGÃO era o seu apelido e essa foi sua vontade transmitida aos seus filhos dias antes do seu falecimento, pois ele as guardava com muito carinho e sabia também que as guardarei. 


Ao querido amigo ZÉ BRIGÃO agradeço de coração desejando que o TODO PODEROSO lhe dê um bom lugar na sua nova morada. ZÉ BRIGÃO, sem dúvida foi dos mais valorosos policiais que já trabalharam comigo, um homem honesto a toda prova, trabalhador, um valente policial que honrou a POLÍCIA CIVIL DE SERGIPE. Um homem que VERDADEIRAMENTE AMAVA A NOSSA POLICIA e que somente se aposentou na compulsória após 45 anos de carreira, fato que o deixou muito triste.


Dentre essas armas, acredito que a mais valiosa é esse "BACAMARTE DE AMURADA" era uma das armas mais usadas nos séculos XVIII e XIX. Tratava-se de uma arma de fogo de grande calibre, pois seu objetivo era espalhar uma carga de chumbo grosso (de 20 a 40 balas de ferro ou chumbo de cerca de 10 milímetros de diâmetro) contra massas de tropas (as vezes também usavam pregos e parafusos como munição). 


Devido a esta poderosa carga, era uma arma muito pesada, havendo exemplares com 15 quilogramas ou mais de peso. A presente arma agora apresentada possui aproximadamente 10 quilogramas e a sua boca parecendo um sino é toda trabalhada em bronze. 


Por causa desse peso, o bacamarte de cano largo chamava-se "de amurada", pois como pode se observar possui um espigão central, sobre o qual ela era colocada na amurada de navios, em furos existentes, vez que o seu disparo do ombro do atirador era praticamente impossível, pois o coice poderia até mata-lo ou pelo menos quebrar ou deslocar a sua clavícula ou ombro. Pensavam os seus fabricantes manuais que a boca alargada do bacamarte tinha a função de espalhar o tiro, entretanto isso é incorreto, pois a abertura maior ou menor da boca não faz a menor diferença na dispersão do fogo. Contudo, há de se observar que a boca mais larga facilitava o carregamento da arma nas gáveas de um navio, locais problemáticos levando-se em conta o balanço da embarcação e a tensão do combate.

A pistolinha de dois canos usada muito nos duelos também está em excelente estado de conservação e certamente ainda atira.

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