Seguidores

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

O ILUSTRE DESCONHECIDO

 Por Geziel Moura
Geziel Moura, Felipe Passos e Jorge Remigio em dia de Cariri Cangaço

Os acontecimentos históricos, como os do cangaço, não ocorreram de maneira continua e linear, como o desenrolar de novelo, ou da película de filme qualquer, os episódios aconteceram de formas descontínuas, encharcados de rupturas e tensões, cujos desdobramentos, produziram histórias dentro da história.

Para mostrar que os eventos se entrelaçam numa rede complexa de acontecimentos, relações de poder e discursos, farei breve descrição de três episódios, conectados pelo ilustre desconhecido, o Ten. José Joaquim Grande, da volante alagoana.

A primeira aparição, deste militar, está relacionada, com a prisão do cangaceiro Antônio dos Santos, o Volta Seca, que ocorreu em fevereiro de 1932 na região de Santo Antônio da Glória, após a deserção, do cangaceiro, do grupo de Lampião.


Outra situação, em que estava presente, o volante José Joaquim Grande, remete-se ao fim do cangaço, no período das entregas dos cangaceiros, que operavam no sertão de Alagoas, foi o caso da captura de Pedro Pau Ferro, o Velocidade, que pertencia ao grupo de Corisco, na ocasião da chacina na Fazenda Lagoa dos Patos, inclusive, sendo o carrasco pelas mortes de grande parte da família de Domingos Ventura, no início de agosto de 1938.

Entretanto, em dezembro deste mesmo ano, a volante comandada por Joaquim Grande, captura Velocidade, que se encontrava no grupo do cangaceiro Português, sendo que a polícia, obteve ajuda do cangaceiro Pancada, entregue anteriormente, a tal polícia.


Voltando no tempo, agora, em setembro de 1935, José Joaquim Grande dá ultimato para Félix Alves Rocha, coiteiro de Lampião, proprietário da fazenda Aroeirinha, na região de Mata Grande (AL), o que levou aos membros desta família a se unirem a outro coiteiro, o Antônio de Amélia, associação que resultou na morte de quatro cangaceiros: Suspeita, Medalha, Fortaleza e Limoeiro (Primo de Dadá, estava com Cirilo de Engrácia em agosto de 1935, quando este, fora morto por civis, também nesta mesma região de Mata Grande (AL)

Na matéria, fotos de Joaquim José Grande (Cortesia do escritor Sérgio Dantas) por ocasião de alguns dos fatos narrados acima.

Geziel Moura, pesquisador 
Fonte: Grupo Historiografia do Cangaço

http://cariricangaco.blogspot.com.br/2016/11/o-ilustre-desconhecido-porgeziel-moura.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário