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sábado, 25 de março de 2017

OS CHEFES DOS GRANDES CANGACEIROS - MODERNO (PARTE 6)

Por Geziel Moura

O cangaceiro Virgínio Fortunato da Silva, vulgo Moderno, configurou-se o único chefe de subgrupo, proveniente da família do capitão Virgolino, pois ele se casou em 1926, com a irmã mais velha daquele, Angélica Ferreira.Os biógrafos de Virgínio apontam que o casamento dele com a irmã de Lampião, não demorou muito tempo, pois a esposa veio a falecer, tornando-o viúvo, porém nunca se afastou do Clã dos Ferreiras.


A literatura aponta que Moderno, nasceu no Estado do Rio Grande do Norte, e seu contato com a família de Lampião, ocorreu em Juazeiro (CE), local em que os irmãos e irmãs do Rei do Cangaço, viviam sob a proteção do Padre Cícero Romão Batista, o que pode responder ao fato de Lampião, não ter operado muito naquela região, e o respeito e consideração que ele tinha com o sacerdote do Juazeiro.


A entrada de Moderno no cangaço, ocorreu juntamente, com o irmão mais moço de Virgolino, Ezequiel Ferreira, o Ponto Fino. Entretanto, a dupla de recrutas do cangaço, não seguiram diretamente para o grupo de Lampião, pois este, não aceitava que eles adentrasse a vida do crime. Assim, a estreia de ambos, foram no grupo do Cangaceiro Manuel Marcelino (Bom de Veras), que atuava com seus irmãos, João Marcelino (João Vinte e Dois) e Lua Branca no Cariri Cearense. Após a morte de Bom de Veras é que Lampião resolveu buscar os dois e a partir daí passaram a compor o seu bando de cangaceiros.


Moderno esteve em diversos combates, dentre eles, na invasão ao município de Piranhas (AL) juntamente com o grupo de Corisco e Gato e que culminou na morte deste, estava presente, ainda na tentativa de invasão à Mossoró e foi um dos poucos a seguir com Lampião, para a Bahia em 1928.


Após a morte de Ezequiel Ponto Fino, em 1931, o chefe cangaceiro se aproximou mais ainda do cunhado, que desde 1929, era chefe de subgrupo. Nessa direção, o escritor e pesquisador Alcino Alves da Costa nos conta que Virgínio não tinha área específica de atuação, sempre orbitava próximo a Lampião, mas fazia grandes caminhadas com seus cabras, nos sertões de Pernambuco e Alagoas.




A partir de 1931 quando a entrada de mulheres no bando, foi franqueada por Lampião, Virgínio trouxe para sua companhia a baiana Durvalina, que ficou conhecida como Durvinha, esta união durou até a morte dele em outubro de 1936, pela volante pernambucana do cabo Pedro Alves, na Fazenda Enjeitado, região de Ibimirim (PE).

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