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terça-feira, 25 de abril de 2017

COMO ANDA A TRANSPOSIÇÃO DO SÃO FRANCISCO NO EIXO LESTE, QUE AINDA NÃO ESTÁ CONCLUÍDO

Por João Suassuna

Meus Prezados,

Pelo depoimento de Francisco Sarmento, ex Secretário de Recursos Hídricos da Paraíba, dá para perceber o empirismo acerca do qual está sendo conduzido o projeto da Transposição do rio São Francisco naquele Estado. Além de terem prejudicado o poder de acumulação dos açudes de Poção e Camalaú, por intermédio da abertura de rasgos nas paredes das represas, para abreviar o escoamento das águas até Boqueirão de Cabaceiras, fica evidente que o racionamento de Campina Grande ainda irá demorar mais um pouco para ser encerrado, em virtude dos baixos volumes que estão chegando na represa de Boqueirão. Atualmente, o volume do projeto que abastece a represa é de apenas 1,5 m³/s, sendo necessários, no entanto, cerca de 5 m³/s para o racionamento ser encerrado nos próximos 3 meses, quando a referida represa sai do volume morto a que está atualmente submetida. Além do mais, a população de Monteiro está revoltada, pois a água, apesar de estar passando pelo município, não chega nas torneiras da população. Mesmo com essa constatação, a população monteirense ainda reivindica volumes para uso na irrigação da agricultura local.  Além disso, não se fala nas dificuldades de o rio São Francisco vir atender, com seus volumes, as demandas hídricas existentes em Campina Grande, e de seu entorno, ficando as discussões restritas, apenas e tão somente, aos problemas operacionais da obra. Em tais casos, cabe ao poder público se pronunciar sobre essa questão. Afinal, a represa de Sobradinho, localizada à montante das tomadas das águas desse mega projeto, está com apenas 16% de sua capacidade preenchida, havendo perspectivas de ela vir alcançar o volume morto no mês de novembro vindouro. 


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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