Por Wilma Maria Ferreira Leite
Quando se fala
em mulheres cangaceiras, muitos pensam que elas existiram desde a chegada de
Lampião. Ou seja, em 1922, quando ele assumiu o comando do seu grupo.
Entretanto, a presença delas só aconteceu no início de 1930, após a presença de
Maria Bonita, a rainha, quando Virgolino atravessou o Rio São Francisco e ficou
na Bahia em 1938. Daí se justifica a origem das cangaceiras ser na maioria
sergipana ou baiana. Outro engano é imaginar (e até dizer) que elas andavam
pelos sete Estados nordestinos, tal quais os homens. Mas o caminhar da ala
feminina ficou restrito aos Estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco e Alagoas.
Outro engano, sobretudo nas histórias da oralidade é dizer que as cangaceiras participam dos combates, atiravam e andavam “armadas até os dentes”, com chapéus de couro e fuzil na mão. Imagem totalmente deturpada que os filmes e a TV insistem em mostrar. Por ocasião dos combates, todas ficavam distantes e sob proteção de dois ou mais cangaceiros.
A história mostra que a Bahia foi o Estado que mais “rendeu” mulheres cangaceiras, a começar por Maria Bonita. Em seguida veio Sergipe. Eis algumas cujos nomes a história cangaceira registra: As baianas: Mariquinha, mulher de Labareda; Naninha, mulher de Gavião; Nenê, mulher de Luis Pedro; Noca, mulher de Mormaço; Osana, mulher de Labareda (segunda); Lídia, mulher de Zé Baiano; Verônica, mulher de Bala Seca; Zefinha, mulher de Besouro.
Sergipanas: Maria Fernandes, mulher de Juriti; Rosalina, mulher de Mariano; Sebastiana, mulher de Moita Brava. De Pernambuco, apenas Dadá, mulher de Corisco.
Um detalhe que deve ser destacado- todas eram da zona rural, jovens e bonitas.
Fonte: facebook
Página: Wilma Maria Ferreira Leite
Grupo: O Cangaço
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