Por Guilherme Machado historiador e pesquisador
De cangaceiro
a soldado de volante: Clementino José Furtado o Quelé!
Era Pernambucano da
Ribeira do Navio atual Floresta do Navio. Ainda criança Quelé e sua família se
muda para Alagoas por motivo familiares morou durante 8 anos no sertão
Alagoano. Em 1919, voltou para Pernambuco, e vai morar no sítio em Santa Cruz da
Baixa, no Município de Triunfo em Pernambuco. Sua família era ligada
politicamente ao Coronel Manoel Siqueira Campos, em um ano morando na
localidade de Triunfo, Quelé foi nomeado a subdelegado de Santa Cruz.
Numa
diligência Quelé matou dois ladrões de cavalos, quase foi preso, e imediatamente
foi destituído do cargo de confiança, e foi processado por crime de morte. O
seu cargo foi transferido para o seu irmão Pedro Furtado.
Em 1922, ano de
eleições um político pediu o seu apoio prometendo livra-lo do processo, caso
fosse eleito! Só que Quelé era ligado ao lado posto ao político Aprígio Higino
de Assunção.
O
“major” Aprígio Higino D’Assunção, que por três ocasiões foi prefeito em Triunfo e dono de cartório. Foto
reproduzida a partir do livro “Triumpho, a corte do sertão”, de Duana Rodrigues
Lopes, pág. 234. - https://tokdehistoria.com.br/tag/antonio-augusto-correia/
Tentado agradar aos dois lados Quelé prometeu apoio aos dois lados
políticos. O Aprígio se irritou com o rapaz e deu ordem à força de Triunfo
que o matasse ou que o prendesse Quelé! Imediatamente partiu uma volante 15
soldados liderada por um tal de Tomé de Souza a fim de matar ou prender
Quelé por motivo de dupla traição política.
Era noite de Junho e fazia muito
frio, por isto não encontraram Quelé em casa, estava em uma bodega tomando
cachaça com um primo chamado Cícero Fonseca, e a volante continuou a busca à sua captura ou seu encalço! Chegando à bodega, deu ordem de prisão a Quelé! Ao
ver os soldados Cícero tentou fugir e foi baleado mortalmente. Quelé saiu correndo
e pedindo socorro ao povo do vilarejo de Santa Cruz, que foi atendido, e os
moradores do povoado abriram fogo contra a volante que saiu em deparada. Na
mesma noite, abriram um auto responsabilizando Quelé pela morte de Cícero.
Naquele mesmo dia, Lampião estava ali por perto, tratando com Sinhô Pereira a sua
responsabilidade pela liderança dos cangaceiros do chefe Sinhô Pereira que
estava deixando o cangaço por conta de Lampião (entregue a ele pelo Sinhô Pereira o seu grupo de cangaceiros) e partia rumo ao Estado de
Goiás!
Sinhô Pereira e netos
Lampião ficou sabendo do problema de Clementino e mandou chamá-lo para
uma conversa, e o convidou para ingressar no cangaço, e o rapaz por não ter
escolha, topou sem reclamar.
Com Clementino vieram três irmãos, Pedro Furtado
que passou a se Chamar Carta Branca, Raimundo Furtado e Antônio Furtado que se
passou a ser chamado de Ioiô. Sujeito aplicado destemido muito valente. Quelé em
poucos dias passou a liderar um subgrupo e a de homem de confiança de Lampião
que passou a lhe chamar de Tamanduá Vermelho.
Coronel Luiz Gonzaga Ferraz
No grupo do cangaceiro Tamanduá
Vermelho foi integrado também o cangaceiro Miguel feitos vulgo Medalha. Quelé e
seu grupo Juntamente com Lampião, invadiu a cidade de Belmonte Pernambuco a
pedido de Sinhô Pereira e mataram o coronel Luiz Gonzaga Gomes Ferraz, no dia 20
de outubro de 1922.
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