Foi no século
XVII que aventureiros e vaqueiros da Casa da Torre saíram do litoral para os
sertões em busca do precioso ouro, mas encontraram nas cercanias dessa região
habitantes denominados “Kiriris”, estes povos viviam na civilização nativa,
falavam a língua tupi e sobreviviam da caça e da coleta de frutos.
Também nesta
época os missionários e desbravadores começaram a catequese deste povo nativo.
Mas outra coisa que aconteceu com esta circulação constante de catequizadores
para essa região, foi o surgimento de salteadores e malfeitores que roubavam e
matavam pessoas honestas e humildes. E com isso surgiu ali nas terras dos
Kiriris começava a se formar o (Cemitério da Cacunáa).
Já em 1812
começou o aglomerado urbano, com a ordem do Arcebispo da Bahia, frei Apolônio
de Toddi foi incumbido de prestar assistência aquele povo, e logo se encontrava
no lugar, foi se encontrar-se com Dona Cacunéa, antiga moradora e de
imediatamente erigiu um cruz no cemitério onde celebrou a primeira missa. E sem
perda de tempo começou a construção de uma capela.
Em 21 de
setembro de 1817 ali foi entronizado com o nome de Nossa Senhora do Bom Conselho
dos Montes dos Boqueirões com a categoria de vila. Por resolução provincial n
1.518, de 9 de junho 1875 foi elevado da categoria de vila a Município de Bom
Conselho e, através da lei Estadual n 1.109, de 21 de agosto de 1915 Bom
Conselho já aparecia com o nome de Cícero Dantas até os dias atuais, nome que
dá homenagem ao Barão de Jeremoabo “ Cícero Dantas Martins”.
Cícero Dantas
já viveu grandes momentos que ficaram marcados para a historia como:
Antônio
Conselheiro em Bom Conselho
Em 1893 chegou em Bom Conselho o senhor Antônio Mendes Maciel, vestido de frade da ordem de São Francisco, também mas tarde conhecido como Antônio Conselheiro. Na sua visita ajudou a transportar madeira para a construção da igreja da matriz e construiu a escadaria feita de mármore. Com esta visita ocorreu em Bom Conselho um pequeno motim com os jagunços do Conselheiro que quebraram as tabuas de impostos dando inicio a Guerra de Canudos. Com este acontecimento o nome Bom Conselho teve o privilégio de esta no Livro de Euclides da Cunha “ Os sertões”.
A Coluna
Prestes em Cícero Dantas
Em 26 de julho de 1926, os Revoltosos e o líder Carlos Prestes, passaram por Cícero Dantas e sob um clima de expectativa a população fugiu da cidade, ficando o padre Vicente e algumas famílias. Chegando na cidade se hospedaram num sobrado onde morou o Barão de Jeremoabo, logo após saíram em busca de alimentos, invadiram o quintal do padre Vicente em busca de galinhas e o padre reagiu com firmeza e bastante exaltado falou: “ Vocês querem consertar este país é roubando, bandidos? ...”. Eles nem ligaram, pois o que queriam mesmo era uma boa alimentação.
Depois da
comida foram descansar na calçada da igreja, passaram alguns dias na cidade e
no ultimo dia Prestes pegou um mapa querendo saber qual estado era mas próximo
e soube que era Sergipe temendo um combate ordenou de imediato às tropas que
seguissem em direção ao Piauí. Entretanto, ao chegar lá, foram tomados de
surpresa ocorrendo um grande combate.
As três
visitas de Lampião a Cícero Dantas
Primeira visita: Passando em Tucano, Lampião obrigou o padre daquela paroquia a dar o seu carro com o motorista, para conduzi-lo com seu grupo até Bom Conselho, chegando no dia 27 de dezembro de 1928 numa manhã ensolarada de segunda-feira. Traziam como refém um soldado de Ribeira do Pombal, já rouco de tanto gritar: Viva Lampião! Viva Capitão Virgulino! Entraram na cidade sem o povo esperar. O grupo era composto de oito homens fortemente armados sendo eles: Corisco, Moreno, Ponto Fino, Virgíneo, Mergulhão, Mariano e Arvoredo um dos mais perigosos do grupo. Se hospedaram na pensão de Tia Maricas. Lampião foi almoçar no solar do padre Vicente, ele também mandou fazer um terno para ele e lenços para o bando. Todos eles visitaram a igreja onde rezaram fervorosamente. As 17:00h saíram da pensão prometendo a volta, saindo da cidade entraram na fazenda de Aboboras onde houve um grande tiroteio onde Mergulhão morreu mas apesar de tudo a volante não sobreviveu um.
Segunda
visita: No dia 18 de fevereiro de 1929, Lampião chegou em Cícero Dantas, como o
população já estava sabendo da chegada de Lampião se espalhou pelas matas. Com
esta visita inesperada, a atual avenida ACM, antiga avenida Getúlio Vargas,
ficou lotada de volantes e soldados. Um dia antes da saída da cidade o bando
almoçou na casa de uma senhora que morava perto da ilha, no outro dia foram
embora em direção a Antas.
Terceira
visita: Em 1933, Lampião voltou pela terceira vez a Cícero Dantas, eles vinham
de Massacará e chegando em Buracos atual Fortaleza de São João queimaram uma
casa, cortaram a orelha do sr. Manoel Pato, maltrataram sua esposa e seu irmão
e logo depois mataram dois desconhecidos em Guloso (fazenda).
FONTE:
WIKIPEDIA
https://www.facebook.com/groups/179438349192720/?multi_permalinks=545723602564191¬if_id=1534944215708725¬if_t=group_activity
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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