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segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

159 ANOS HOJE DA VISITA DE DOM PEDRO II A SERGIPE

Por Antônio Corrêa Sobrinho

(E-book disponível gratuitamente a partir de amanhã).

APRESENTAÇÃO

Em outubro de 2018 próximos passados, fui buscar em jornais brasileiros a descrição da visita do imperador Dom Pedro II às populações alagoanas e sergipanas das margens do rio São Francisco, e da sua inesquecível presença na fantástica cachoeira de Paulo Afonso, compilação esta que chamei de "Visita do Imperador Dom Pedro II à Cachoeira de Paulo Afonso e às populações do baixo São Francisco, em 1859".


Como sabemos, esta viagem fez parte integrante da longa excursão que o Imperador D. Pedro II e a Imperatriz Teresa Cristina, com grande comitiva, fizeram às capitais e regiões a estas adjacentes das províncias de Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Espírito Santo, de outubro de 1859 a fevereiro de 1860, presença imperial esta que se constitui um dos grandes acontecimentos social-histórico-cultural ocorridos no nordeste brasileiro durante o segundo Império. 

Destes históricos momentos de Dom Pedro II com as realidades destas províncias e seus súditos nordestinos, resolvi resgatar o importante artigo do jornal "CORREIO SERGIPENSE" sobre a presença de Suas Majestades Imperiais na província, hoje estado de Sergipe. Artigo que, propositadamente, apresento hoje, dia 11 de janeiro de 2019, 159 anos depois que a esquadrilha imperial, comandada pelo almirante Tamandaré, trazendo a bordo do iate imperial Barão Apa, D. Pedro II e Dona Teresa Cristina, deixou as águas oceânicas e pelo rio Sergipe em estuário, em espetacular desfile de vapores embandeirados, em meio a fogos, gritos e arroubos do povo nas margens, entregou, pelo ancoradouro construído para este fim, o casal de Imperadores aos milhares de sergipanos, que naquela tarde e noite estiveram ansiosos e ávidos para receber e estar com a maior expressão política do Brasil, o filho de D. Pedro I e neto de Dom João VI, em veneração e adoração; dia apoteótico foi a quarta-feira de 11 de janeiro de 1860, grande festa que curtiu a recém-fundada capital dos sergipanos, Aracaju, meu berço querido. 

A Barra dos Coqueiros, a foz do rio Japaratuba, o rio Pomonga, as vilas de Maruim e Laranjeiras, as cidades de São Cristóvão e Estância, o engenho Escurial, em Itaporanga, foram os outros lugares e locais visitados pelo Imperador, sempre aclamado e tratado com carinho e muito respeito. 

Era eu escrevendo estas linhas e me lembrando dos interessantes episódios descritos na narrativa do jornal sergipano, como o fato de os batedores que levavam o Imperador de Aracaju para São Cristóvão simplesmente terem perdido o caminho; o papagaio que assistiu à chegada de D. Pedro e gritou com o povo: “Viva o Imperador!”; o imponente nascer da Lua, que estava cheia, por trás do exuberante coqueiral da Barra dos Coqueiros, após a chegada dos monarcas, um show da natureza que fascinou todos, inclusive o rei e a rainha, que admiraram do Paço; o relógio de parede da Alfândega que estava 1 hora adiantado em relação ao do rei; Dom Pedro II experimentando a água de beber dos aracajuanos; o cemitério, que o Imperador indagou por que ele não estava cercado; a resposta que o monarca deu ao professor, quando este lhe afirmou que seus alunos não rendiam por falta de livros; o encalhe do vapor que levava o Imperador para visitar Laranjeiras; o discurso do padre para pedir uma ajuda ao rei, etc.

Além das idas e vindas do monarca brasileiro, pelas localidades, suas visitas a escolas, repartições públicas, igrejas, recomendo também a leitura dos discursos e das poesias em homenagem ao governante-mor, bem como, das descrições dos locais de recepção aos reis, os paços imperiais em São Cristóvão e em Aracaju, do mausoléu do fundador de Aracaju, Inácio Joaquim Barbosa, e da Ponte do Desembarque, hoje Ponte do Imperador; eles dizem de um povo e seu tempo.

Obrigado.

Antônio Corrêa Sobrinho

Enviado pelo pesquisador do cangaço e autor deste Antônio Corrêa Sobrinho

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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