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domingo, 12 de julho de 2020

A MORTE DE PEDRO DE CÂNDIDO

Do acervo do Giovani Costa em maio 23 de 2020
O coiteiro Pedro de Cândido

Pedro de Cândido foi morto misteriosamente três anos depois  do  "ataque"  em Angico.

Ele era casado e residia em entremontes, tinha uma amante chamada Madalena num povoado chamado Piranhas de Baixo, na beira do rio.

No dia 22 de agosto de 1941, ao cair da noite, ele estava vindo da casa de Madalena quando  foi assassinado por um rapaz chamado Sabino Francisco dos Santos. Sabino  alegou que pensou que Pedro era um "bicho", já que o local era mal-assombrado. Todo mundo estranhou porque o rapaz com medo  da tal assombração, tivesse tanta  coragem naquela hora e dar 19 facadas.

Levado ao julgamento, Sabino foi absolvido, tendo o júri acreditado na conversa do  "monstro".

Houve, contudo, quem atribuísse ao tenente João Bezerra a responsabilidade, pela morte do coiteiro, pelo fato de Pedro saber de coisas que o tenente nao  queria que  viesse a público, pra quem acredita na historia do  "envenenamento", Joao Bezerra simplesmente arranjou a eliminação da única pessoa que poderia ter revelado a vergonhosa historia.

Já segundo outros Pedro de Cândido teria sido assassinado por ordens do tenente José Lucena, pois o coiteiro Pedro estava falando demais e traíndo a policia, revelando a várias pessoas que tinha envenenado Lampião. Uma das pessoas que Pedro fez essa revelação foi o fazendeiro Gerson Maranhão, político importante de Águas Belas-PE, primo de José Lucena. Gerson procurou o tenente José Lucena e sugeriu uma apuração para esclarecimento do fato, na época do assassinato José Lucena estava em Piranhas-AL.

O escritor e pesquisador Rodrigues de Carvalho considera que Pedro de Cândido se tornou um  "arquivo" por demais precioso para ser deixado ao alcance de mãos, olhos indiscretos, e por isso foi  "queimado".

O assassino de Pedro foi solto e ninguem soube que  fim levou....

(Fonte, escritores Billy Jaynes, "Lampiao o rei dos cangaceiros", pag. 252/253.
Rodrigues de Carvalho, "Lampiao e a Sociologia do Cangaço", pag. 376.
Antonio Amaury, "Assim Morreu Lampiao", pag. 137 e 140).



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