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quarta-feira, 18 de novembro de 2020

O CHEFE LAMPIAO:

 Por Paulo Dias Pereira

Há claro, relatos de algumas pessoas que conviveram com o cangaço, os quais demonstraram a existência de uma face menos nobre do chefe bandoleiro. Segundo alguns antigos cangaceiros, Lampião se apropiava da maior parte dos saques, relegando aos outros componentes as migalhas.

Labareda em um depoimento interessante ao professor Estácio de Lima, disse que, apesar de pregar, em algumas oportunidades, respeito à honra das mulheres, Lampião também teve seus momentos de selvageria, quando simplesmente divertiu-se com os atos bestiais dos seus comandados.

Para alguns autores Lampião era um chefe inteligente, respeitado, tido até mesmo como um Deus ou semideus, para alguns, mas, como todo ser humano, teve seus momentos de fraqueza e de vacilação.

Chefe de cangaceiros por longos vinte anos, Lampião respeitava os corajosos e, diante deles, chegava a modificar atitudes. Levando em consideração a veracidade de alguns depoimentos, Lampião não conheceu apenas a obediência cega dos seus comandados. Em certos momentos, teve que tolerar a rebeldia de alguns que discordavam de seus planos.

Maria Bonita, por exemplo, brigava com seu companheiro, chegando a desafiá-lo mesmo na frente dos outros. Joaquim Góis descreve com pormenores o desafio feito por Ângelo Roque, o labareda, ao capitão:

(A Misteriosa Vida de Lampião, pag. 218)

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http://blogdomendesemendes.blogspot.com

 


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