Por José Cícero da Silva
Lisonjeado embora ainda convalescendo de um problema de saúde acabei de receber o convite para participar da noite de lançamento do livro BALA DE ALGODÃO do conterrâneo João Macedo Coelho Filho. Uma obra genuinanente missãovelhense.
Evento literário agendado para ocorrer na noite do dia 18 de março no plenário da Câmara de vereadores de Missão Velha.
Programação:
Após a apresentação de praxe e antes da sessão de autógrafos haverá um colóquio sobre a obra e o contexto histórico do tema abordado que vai de 1925 a 1928. Anos realnente críticos na região e conturbados na politica do Cariri e sobretudo de M.Velha; por uma série de acontecimentos marcantes.
Uma salutar iniciativa cultural quando terei a grande honra de compor a mesa dos convidados ao lado dos confrades historiadores e pesquisadores, tais como: o professor Renato Casimiro, a professora Célia Magalhães e o memorialista Bosco André.
"Bala de Algodão" como se nota portanto, a começar pelo próprio eufemismo metafórico do título, diria se tratar, grosso modo, de uma oportuna tentativa com que o seu autor procura suavizar com palavras aquilo que a concretude real dos fatos um dia se mostrara duro, inflexível e pesado demais para à história. Quem sabe aquilo que poderiamos chamar de 'a insustentável leveza do ser' como bem diria Milan Kundera. Plumas algodoeiras. Eterna brancura da nossa então pujante economia.
Talvez por conta disso o autor tenha ainda optado pela narrativa romanciada desta história, sem no entanto se distanciar do palco maior dos acontecimentos. Já que sendo Ele bisneto do cel. Sinhô Dantas, um dos personagens centrais desta trama historiográfica ao lado do seu antípoda, o polêmico coronel Izaias Arruda(que com o cel. Santana da Gameleira do pau foram destacados coiteiros de Lampião em MV). Como ainda: Moreirinha, Floro Bartolomeu, padre Cícero etc. Bem como, potentados, jagunços e cangaceiros. Tudo isso ambientado no contexto social e politico da segunda metade dos anos 20 do século passado, quando o banditismo em boa parte do Nordeste e o poder oligárquico das elites agrárias se fundiam num só corpo pelos sertões a dentro. E a força do poder andava de braços dados com o poder da força redundando nas mais detestáveis formas de violência. Quase um dialogal descritivo de fatos que se estabelece na primeira pessoa, o autor ânsia dá voz ao cel. Dantas seu bisavô...
Por conseguinte, uma leitura mais que precisa e necessária para todos quantos
desejam aprender um pouco mais sobre a verdadeira história da nossa terra. Por
isso mesmo recomendo sua leitura.
Prof. José Cícero
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