Por Dr. Epitácio de Andrade
Depois de fantásticas incursões cordelísticas pelo universo do cangaço, com a publicação de “O Delegado que Virou Cangaceiro”, em março de 2008, e “Jesuíno, o cangaceiro Brilhante”, em maio de 2009, o poeta paraibano Gil Holanda lança “O Grande Encontro do Cangaceiro Jesuíno Brilhante com o Cabo Preto Limão,” que tematiza a interface do fenômeno do cangaço com o resgate histórico da negritude sertaneja.
Com leveza e firmeza, com suavidade e argúcia, a genialidade poética de Gil Holanda vai construindo, em sextilhas de cordel, esse “Grande Encontro” que corresponde ao maior conflito cangaceiro já ocorrido no Oeste do Rio Grande do Norte e fronteira paraibana, envolvendo o bando de Jesuíno Brilhante e o segmento étnico representado pela família Limão.
A epopeia Brilhantes versus Limões, ocorrida nos territórios feudais sertanejos do Brasil imperial, está sintetizada nos versos do “Grande Encontro,” de Gil Holanda.
Deliciemo-nos, pois, com sua leitura. Mesmo “acaboclados”, como define alguns indigenistas e antropólogos, os membros da numerosa família Limão (arqui-inimiga de Jesuíno Brilhante) sempre foram tratados pela crônica do cangaço como “ Os negros Limões”.
Epitácio de Andrade Filho – Autor de A Saga dos limões-Negritude no Enfrentamento ao Cangaço de Jesuíno Brilhante
*Publicado em
junho de 2011.
Enviado pelo autor através de e-mail.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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