Autor: José Di Rosa Maria
1
Refugio-me dos olhos
da ganância
Prevenindo-me do
saldo dos seus danos
Se ninguém quando
morre leva os bens
Pra quê bens
incluídos nos meus planos
Só o monte de culpas
que carrego
Superlota os vagões
do trem dos anos.
2
Pra quê tanta vontade
de ter mais
Se a vida da gente é
limitada
Se a cova nem roupas
quer no corpo
De quem dá sua última
passada
Se ninguém nada tem
por mais que tenha
É melhor ser feliz
por não ter nada.
3
Vomitei a paixão pela
riqueza
Dei as costas pra
fome do querer
Contraí o prazer de
ter apenas
O que dá simplesmente
pra viver
Por saber que com
Deus o pouco é muito
E sem Deus nada vale
apena ter.
4
Estudando os enigmas
da fortuna
Felizmente me
desequivoquei
Sobre o dom de viver
aprendi tanto
Que meu resto de
tempo viverei
Sem pensar que nos
bens materiais
A vitória da vida
encontrarei.
5
Vem do vale da paz da
minha alma
O profundo desejo de
gritar
Que o hálito da vida
cheira mais
Que o néctar das
flores do pomar
Tem que ser bem
humano pra sentir
E poeta sensível pra
cantar.
6
Pelo ar que respiro
nada pago
Pelo dom de ser útil
também não
Como Deus me doou
esses tesouros
Vou fazer do amor do
coração
Uma venda pros olhos
do espírito
Pra não ver nunca
mais a ambição.
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