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quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

TRISTE...

Hoje apresento uma foto extremamente rara e na mesma proporção triste. Trata-se de homens que foram executados barbaramente !

Essa fotografia é enigmática, pois sabemos pouco acerca da mesma, mas podemos fazer algumas observações, vamos a elas :
1° Nota-se perfurações na região da clavícula, levando a crer que as vítimas foram sangradas, esse método era usado pelos cangaceiros, usando seus gigantescos punhais.
2° Da esquerda para direita, na parte onde a foto está rasgada, notamos que a vítima é uma criança que aparenta ter no máximo 12 anos.
3° Na foto temos algumas informações, por exemplo : Da esquerda para direita as vítimas estão identificadas como Miguel e José Vieira Gomes, dar-se a ideia que eles sejam parentes e olhando com a atenção a semelhança física, creio "eu" que o primeiro seja o pai dos demais, ou irmão mais velho.
4° Outro ponto de identificação na rara fotografia é o local do ocorrido, lá consta que o fato se deu na " Lagoa do Couro " em Mata Grande, Alagoas. Meu amigo @kennedy91.d , ( Daniel Kennedy ) fazendo pesquisas nos mapas antigos obteve a informação que a localidade Lagoa do Couro, hoje se chama Bebedor. Não sei precisar mais sobre tais informações e deixo aberto para alguém da região acrescentar algo com relação ao local.
5° O fotógrafo como podemos ver na foto se chama J. Ochoa, esse homem era da região de Mata Grande, Alagoas, ele fez outras fotos do ciclo do cangaço, exemplo a da morte de Cirilo de Engrácia em 1935.
6° Notamos que os corpos foram arrumados para o macabro registro fotográfico, provavelmente obra do fotógrafo.
7° Na foto tem os seguintes dizeres : Indefesos Civis trucidados por ... ( parte rasgada ) ... asseclas ( bandidos ). Creio que na parte que foi rasgada, tinha o nome do assassino. Como essa prática era típica dos cangaceiros, devia ter o nome do chefe do bando.
Na foto provavelmente tinha a data do ocorrido, mas não consegui levantar tal informação, assim como o enredo para os fatos desse triste episódio.
Deixo o espaço aberto para os pesquisadores do meio agregarem mais informações.
Acervo : Padre Frederico Bezerra Maciel
Créditos : Luiz Ruben e Ivanildo Silveira

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