Por 𝐉𝐨𝐫𝐧𝐚𝐥 𝑶 𝑷𝑶𝑻𝑰/𝑹𝑵 - 1977.
Registro pouco
conhecido do ex-motorista Francisco Agripino, o famoso Gatinho, que iria
conduzir o Sr. Antônio Gurgel para Brejo do Apodi/RN, quando foram capturados
pelo bando de Lampião no caminho, no dia 12 de junho de 1927.
Gatinho fora
feito por Virgulino como carteiro, o enviando novamente para Mossoró com o
objetivo de entregar a famosa carta dos 20 contos para José Guedes, genro de
Gurgel e gerente do Banco do Brasil. Como sabemos, Francisco não cumpriu com o
que o temível Ferreira lhe disse, de não abrir a boca por aí avisando de sua
presença na região, e acabou explanando, no meio do caminho, a temível
informação.
Para o
repórter Nilo Santos, Gatinho fala que chegou na Vila de São Sebastião e falou
sobre seu encontro com Lampião e suas intenções, porém, não lhe deram muita
atenção, sendo esta, logo em seguida, saqueada tranquilamente pelos
bandoleiros. Avisou para Guedes e o prefeito Rodolfo sobre o grupo de
cangaceiros que se encontravam perto de Santana; o chefe do executivo não
acreditou em Agripino (pois essas "conversas" sempre ocorriam, iam e
voltavam na boca do povo), e só veio em concordar com ele quando Gatinho
mostrou as marcas das nove balas no Chevrolet, disparadas pelo cangaceiro
Coqueiro.
No dia da
tentativa de invasão do bando, o ex-motorista estava em Fortaleza, para a sua
segurança, já que contou para os demais sobre a intenção do temível
pernambucano, junto com a família do médico Eliseu Holanda, onde ficou por
alguns dias. Disse para o jornalista que não se lembra de muita coisa de seus
capturadores, mas sim de suas feições:
“𝑂
𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎̃𝑜
𝑝𝑎𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎
𝑢𝑚
‘𝑠𝑢𝑗𝑒𝑖𝑡𝑜
𝑒𝑑𝑢𝑐𝑎𝑑𝑜,
𝑝𝑒𝑙𝑜
𝑚𝑒𝑛𝑜𝑠
𝑛𝑒𝑠𝑠𝑒
𝑑𝑖𝑎,
𝑒𝑙𝑒
𝑛𝑎̃𝑜
𝑒𝑠𝑡𝑎𝑣𝑎
𝑓𝑢𝑟𝑖𝑜𝑠𝑜’.
(...) 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒
𝐶𝑜𝑞𝑢𝑒𝑖𝑟𝑜,
𝑎𝑓𝑖𝑟𝑚𝑜𝑢
𝑠𝑒𝑟
𝑢𝑚
𝑐𝑎𝑟𝑎
𝑚𝑢𝑖𝑡𝑜
𝑎𝑙𝑡𝑜
𝑝𝑎𝑟𝑎
𝑗𝑢𝑠𝑡𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑟
𝑜
𝑎𝑝𝑒𝑙𝑖𝑑𝑜.
(...) 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑖𝑙𝑜𝑛
𝑒𝑟𝑎
𝑓𝑒𝑖𝑜,
𝑐𝑎𝑟𝑟𝑎𝑛𝑐𝑢𝑑𝑜
𝑒
‘𝑞𝑢𝑒
𝑑𝑎𝑣𝑎
𝑎𝑡𝑒́
𝑚𝑒𝑑𝑜
𝑎
𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒
𝑜𝑙𝒉𝑎𝑟
𝑝𝑎𝑟𝑎
𝑒𝑙𝑒.”
Sem o temível
aviso de Gatinho, certamente os cangaceiros levariam a boa, depredando,
assaltando, matando e abusando dos moradores locais. Pelo seu feito de coragem
e honra, o Sr. Francisco Agripino é considerado como um Herói Mossoroense, o
Herói de Vinte e Sete.
𝐅𝐎𝐍𝐓𝐄:
𝐉𝐨𝐫𝐧𝐚𝐥
𝑶
𝑷𝑶𝑻𝑰/𝑹𝑵
- 1977.
.𝑪𝑨𝑵𝑮𝑨𝑪̧𝑶
𝑩𝑹𝑨𝑺𝑰𝑳𝑬𝑰𝑹𝑶.
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