Por Tesouros Reais
Tenente João Bezerra
Coronel João Bezerra da Silva foi
o oficial da Polícia Militar de Alagoas que entrou para a história ao comandar
a ação que resultou no fim de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, de Maria
Bonita e de mais nove cangaceiros, em 28 de julho de 1938, na Grota do Angico,
em território sergipano. A emboscada marcou o episódio mais decisivo do combate
ao cangaço no Nordeste e simbolizou o colapso definitivo do bando mais temido
do sertão.
João Bezerra
À frente de uma volante
experiente, João Bezerra vinha há meses empenhado na perseguição a Lampião,
reunindo informações, estudando rotas e contando com o apoio de coiteiros
arrependidos e informantes locais. A operação em Angico foi resultado direto
desse trabalho de inteligência, conduzido com extremo sigilo, já que qualquer
vazamento poderia permitir mais uma fuga do cangaceiro, como tantas vezes
ocorrera no passado.
Na madrugada do ataque, a volante
surpreendeu o bando ainda em descanso. O confronto foi rápido, violento e
decisivo. Lampião, Maria Bonita e outros nove cangaceiros foram mortos no
local, encerrando quase duas décadas de ataques, saques e enfrentamentos
armados que espalharam medo e deixaram marcas profundas no sertão nordestino.
As cabeças dos mortos foram levadas como prova do êxito da operação, prática
aceita na época, embora hoje vista como um dos símbolos mais brutais daquele
período.
Após Angico, João Bezerra passou
a ser reconhecido por muitos como o homem que pôs fim ao reinado de Lampião. Ao
mesmo tempo, sua figura permanece cercada de debates e controvérsias,
refletindo as ambiguidades do próprio cangaço, um fenômeno marcado pela
violência tanto dos bandos armados quanto do aparelho repressivo do Estado.
Ainda assim, o nome de João Bezerra ficou definitivamente ligado ao episódio
que encerrou a era clássica do cangaço no Nordeste brasileiro.
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