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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Lampião conquista a Bahia


Lampião conquista a Bahia é o mais novo livro de Luiz Ruben. Um apanhado dos fatos registrados nos jornais da época. Noticias vinculadas com informes geralmente fornecidos pelas volantes. Mais uma ferramenta com capítulos desconhecidos que servirá para compor o intricado mundo do cangaceirismo.

CONFIRA APRESENTAÇÃO E INTRODUÇÃO DA OBRA.

APRESENTAÇÃO
Por: Antonio Amaury 
Da esq: João de Souza, Carlos Elydio, Manoel Severo e Antônio Amaury
no Cariri Cangaço 2010, no Crato-CE

Nosso confrade Luiz Ruben F. de A. Bonfim, mais uma vez coloca ao alcance dos pesquisadores e pessoas interessadas em tomar conhecimento dos episódios ocorridos nos sertões da Bahia e nos estados limítrofes, nos tempos em que essa região era percorrida por Lampião e outros grupos cangaceiro, um rico e raro material que sua perseverança, paciência e grande força de vontade conseguiu colher e preservar.
Provavelmente essas fontes de informação não chegariam às mãos da maioria dos interessados, por serem de acesso restrito e também de difícil manuseio por se encontrarem muito castigadas pelo tempo e pelo fato de serem de material bastante frágil, visto serem destinadas a descarte diário: JORNAIS.

Pelos textos obtidos nós podemos analisar, friamente a posição da imprensa daqueles tempos quando as notícias giravam em torno de Lampião, cangaceiros, coiteiros, volantes, contratados e policiais.
Era totalmente parcial. Não era investigativa. Não procurava ouvir as partes envolvidas nos fatos e nem confrontar os informes obtidos dos elementos participantes dos acontecimentos.

O que é notado claramente, nos editoriais dos jornais publicados nesses tempos, é a luta entre o governo e a oposição, sendo que cada cangaceiro preso ou morto era transformado em bandeira da competência governista.

Por outro lado todo assalto, toda “invasão” de vilarejo, todo crime praticado pelo bando sinistro era mostrado como sendo fruto de ineficiência do poder público estadual.

A existência dos grupos fora da lei, por mais de uma década, nos sertões do nordeste da Bahia e com atuação na região lindeira com os estados de Pernambuco, Alagoas e Sergipe, foram o combustível que alimentou essa fogueira de descontentamento da imprensa oposicionista para com o chefe de polícia, com o próprio corpo policial e com o governo que não conseguia vencer Lampião e seus comparsas.

Os colegas que pesquisam o tema Lampião terão à mão um material de grande interesse e que deve, em minha opinião, ser examinado com carinho, cuidado e analisado com imparcialidade por não ser visto como verdade definitiva.
Bom proveito a todos,

Cidade de São Paulo - 2011
Antonio Amaury Corrêa de Araujo

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