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sábado, 5 de maio de 2012

PARA MINHA MÃE QUE ME CONTEMPLOU COM O MILAGRE DA VIDA

Por: Lusa Vilar


HOJE FAZ DEZESSETE ANOS QUE NÃO NOS VEMOS, SAUDADES, ETERNAS SAUDADES!


MÃE QUERIDA
(Maria Dolores)


Torno a ver, nos meus dias de criança,
O teu regaço, a lamparina acesa,
O pequeno lençol que trago na lembrança,
A oração da manhã e o pão à mesa...

Varro o chão, a fitar-te as mãos escravas,
Afagando o fogão, de momento a momento...
A roupa e o batedouro em que cantavas
Para esquecer o próprio sofrimento...

Depois, era o tinir da caçarola,
Aumentando a despesa no armazém...
Vestias-me de
renda para a escola
E nunca me lembrei de ofertar-te um vintém.

Cresci... A mocidade me requesta,
Ante a cidade de qualquer maneira...
Parti... - eu era a rosa para a festa,
Ficaste... - eras a rústica roseira.

De tudo vi na estrada grande e nova,
As flores do prazer, o brilho, a fama,
A malícia dourada e os suplícios da prova
Marcando a pranto e fel os passos de quem ama...

Hoje, volto a buscar-te, mãe querida,
Dá-me de tua paz sem ilusão,
Guarda-me em ti, o amor de minha vida,
Alma querida de meu coração.

(Mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião públicado Grupo Espírita da Prece, na noite de 9-março-85, em Uberaba, Minas Gerais)


Minha Roseira querida, que tantas flores de carne Deus permitiu que desabrochassem de teu ventre,  recebe na tua eterna morada, que é a Casa do Pai, a minha eterna saudade e gratidão. Abençoada seja a semente que me gerou, bendito seja o ventre que me acolheu, santificado seja o nome de Deus que permitiu que eu fizesse parte do milagre da vida.


Letra: Ary Dos Santos
Música de : Paulo de Carvalho
A Força
Que eu tive no momento
Tecendo o teu corpo
A primeira vez
Está agora no teu ventre
Em movimento
No filho que a gente fez

Depois irá pouco a pouco
Ficando maior
Por dentro de ti
E o teu corpo me segreda
Quando toco
Que o meu filho está ali

Eu fui a semente
Tu és o canteiro,
Dum cravo de carne
Que tem o meu cheiro.
Eu fui o arado
Tu és a seara
Seara de trigo sem fim,
Seara lavrada por mim,

O que um homem sente
Quando a companheira
Dá flor no presente
Para a vida inteira.
É como se o sangue
Fosse uma roseira,
Roseira botão de gente,
Rosa da minha roseira

A vida que tece outra vida
É vida parida,
É vida maior,
Tens agora a palpitar,
A minha vida,
No teu ventre meu amor.

Depois vamos os dois
P'rá vida nova'
Será uma flor
Flor de carne
A despontar da primavera,
Do teu ventre meu amor.

Obrigada, minha mãe, por me dares o teu ventre como primeiro abrigo, por suportares as dores do parto, pelo trabalho que tiveste para me educar, pelo o amor que me deste enquanto estiveste neste plano de vida. Hoje faz 17 anos que partiste, e eu nunca vou esquecer de agradecer a Deus por Ele ter te escolhido para ser a minha mãe. Eu te amo, e para sempre vou sentir a tua falta!

2 comentários:

  1. Hoje faz dois anos que eu fiz essa postagem no meu blogue "Raízes" por ocasião do aniversário de morte da minha saudosa mãe. Lembro que tentei fazer um comentário em agradecimento ao amigo por ter transportado minha singela homenagem para esse blogue, no entanto não consegui. Agora estou aqui novamente, tentando demonstrar a minha gratidão. Muito obrigada, amigo José Mendes, pela sua atenção e por esse carinho.Um abraço!

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  2. Obrigado digo eu, Lusa Vilar:

    Agradeço de coração a sua participação ao nosso blog. Você deixou de postar conteúdos em seu blog. Por que?

    Felicidade e paz para você, para sua família, parentes e para todos que fazem parte do seu círculo de amizades.

    José Mendes Pereira
    Mossoró, terra de Santa Luzia
    Rio Grande do Norte

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