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sábado, 14 de dezembro de 2013

Lampião e outras histórias - O santo Jararaca

 Por Doizinho Quental
 O cangaceiro Jararaca

Lampião foi convidado por Floro Bartolomeu e o Padre Cícero, em  1926, a juntar-se ao Batalhão Patriótico para enfrentar a Coluna Prestes que se dirigia àquela cidade. Chegando à cidade de Juazeiro do Norte, recebeu, além do título de Capitão, um arsenal de fardamento e armas das mais modernas, para a época.

Floro Bartolomeu e Padre Cícero

Como a Coluna Prestes não chegou a Juazeiro, o Capitão Virgulino Lampião ficou de posse deste poderoso armamento.


Segundo comentam os historiadores, o coronel Isaías Arruda de Missão Velha, entrou em contato com o mesmo e, nesta oportunidade, fez-lhe ver que, com o poderoso material bélico, ele poderia atacar cidades maiores. 
 
 O cangaceiro Massilon Leite

Isaías Arruda e Massilon Leite incutiram na cabeça de Lampião a ideia de invadir a progressista cidade de Mossoró. O celerado, depois de muito preparo, resolveu, junto com o papa jerimum  Massilon Leite, atacar Mossoró. Conta a história que foi o mais desastrado ataque que Lampião enfrentou na sua vida de cangaceiro.

 Prefeito Rodolfo Fernandes - Defensor de Mossoró contra Lampião

A cidade de Mossoró foi defendida com honra e brio da sua população, organizada pelo valoroso prefeito Cel. Rodolfo Fernandes. Na ocasião, mataram o cangaceiro Colchete e balearam Jararaca que, depois de medicado, o assassinaram da maneira mais covarde possível, pois fizeram-no cavar uma cova e enterraram-no ainda vivo. Vejam o depoimento de um sertanejo potiguar, segundo Leonardo Mota, do livro no “Tempo de Lampião”.

Em uma noite enluarada,  destas que os raios lunares descrevem a nossa silhueta no chão, Jararaca foi algemado e conduzido da cadeia para o cemitério. Calado, sem resmungar, nem se maldizer, era conduzido aos empurrões pelos soldados da polícia. Chegando lá, mostraram-lhe uma cova e perguntaram se ele sabia para que era aquilo. O valente cangaceiro olhou nos olhos de todos e falou destemido: 

-“Saber mesmo, eu não sei... Não é para mim? Agora isto se faz porque eu estou nestas circunstâncias, com as mãos amarradas e totalmente desarmado! Um gosto porém eu não dou pra vocês: é de se gabarem de que eu afrouxei e pedi para não me matarem! Podem matar, mas, matam  o homem mais valente que já pisou nesta...”

O cangaceiro não teve tempo de expressar a sua indignação, logo foi abatido com um tiro de revólver na cabeça, por um soldado que estava atrás dele.  Segundo a testemunha ele caiu teso e de olho vidrado dentro da sepultura, ainda se tremendo. Os soldados não deixaram nem o infeliz morrer direito e começaram a entupir a cova.

 A cova do cangaceiro Jararaca em Mossoró é muito visitada por fieis

Fomos informados que algumas pessoas do campo daquele estado, ainda hoje, fazem promessas com o “Santo Jararaca” que, segundo eles, por ter morrido nesta injusta condição é considerado mártir e por isto obra milagres.

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