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sábado, 14 de dezembro de 2013

Lampião e outras histórias - Cachorras das moléstias

Por Doizinho Quental

  
  
Apesar da coragem e ousadia do bando de Lampião, eles nunca foram bem sucedidos frente aos “Jurubebas”, homens destemidos, que tinha em Odilon Flor um dos seus maiores inimigos.

 Odilon Flor e Luiz Flor
             
Certa feita, Lampião atacou o reduto deles, mas precisamente no Saco-da-Roça, pequena aldeia da região do Pajeú.

A surpresa foi grande. Homens, mulheres e meninos defenderam a pequena vila com unhas e dentes.  Verdadeira alcateia esfaimada. Afinal, eram tudo cunha do mesmo pau. Tanto Lampião como os jurubebas nascerem e se criaram no mesmo caldeirão de lutas sangrentas.

A briga não engrossou mais porque o rei do cangaço sentiu que o buraco era mais embaixo. Não contou conversa, botou o coxim debaixo do braço e retirou o ardiloso bando.

Desta empreitada maluca, o famoso celerado nunca mais havia de esquecer. Sempre que tinha oportunidade, lembrava-se desta façanha dos jurubebas.

Lampião quando estava de bom humor conversava e, às vezes, brincava. Aproveitando um destes dias, alguém que privara da sua amizade, perguntou:

- Aí, “nego véi,” cuma foi a disgraceira do Saco-da-Roça?

Ele teria respondido:

- Ô mundiça disgraçada! Mexer cum aquela praga é o mermo que futucar um buraco de abeia capuxu. Até as muler saltaro pra fora e brigaro feito umas cachorra da molésta!”.

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  http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Um comentário:

  1. Anônimo20:35:00

    Na realidade Mendes, a família FLOR em junção com a família JURUBEBA, que eram parentes, não deram trégua ao rei do cangaço. Parece que havia respeito mútuo entre eles. Naquele meio não havia criança inocente; eram homens destemidos de um lado e do outro: cangaceiros e volantes.
    Abraços,
    Antonio José de Oliveira - Povoado Bela Vista - Serrinha-Bahia

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